Além de estar em falta, o preço da banana disparou em Rio Branco e subiu, entre novembro e dezembro de 2021, nada menos que 68,66% na Ceasa, segundo o Boletim Hortifrutigranjeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Não se encontra, por exemplo, palma de banana a custo menor que R$5. Banana nanica pode ser comprada a R$9,98 o quilo em supermercados da capital -e assim é possível ver sacos do produto deixados nas bancas após a pesagem: os consumidores desistem de levar quando veem o preço que deu um punhado da fruta.
Divulgado na 3ª semana de janeiro, o boletim ressalta que as altas ocorreram na maioria das Ceasas, mas nada comparado com o reajuste registrado na capital do Acre. “Aconteceram altas na maioria dos entrepostos atacadistas, a saber: Ceagesp, em São Paulo (20,5%); CeasaMinas, em Belo Horizonte (56,48%), Ceasa do Rio de Janeiro (50,52%); Ceasa/SP – Campinas (21,13%), Ceasa/DF (29,02%); Ceasa Curitiba (38,78%). Queda aconteceu na Ceasa de Recife (13,45%) e estabilidade na Ceasa de Fortaleza”, diz o levantamento que é realizado regularmente pela Conab.
Diferentes versões explicam tamanho reajuste. No Mercado Elias Mansour os intermediários dizem que a maior parte da produção do Acre vai para Manaus e Porto Velho, onde o preço é melhor. Com isso, pouca banana e frutos de baixa qualidade é o que mais se vê nas bancas.
Versão mais técnica remonta à questão climática: “A queda da comercialização, devido à baixa produção nas principais regiões produtoras, foi o principal fator para essa alta de preços, principalmente para a banana prata. A produção reduzida dessa variedade foi resultado das variações no tempo, que afetaram a produtividade nas principais regiões produtoras (geadas, secas ou chuvas excessivas)”, justifica a Conab.
“Todo ano acontece isso. Essa fase é a de entressafra. Como os bananais não são irrigados, há uma perda significativa. A Bahia é quem segura e quando vê que está faltando coloca o preço lá em cima”, observa José Carlos Reis, produtor rural e ex-secretário de Produção do Acre.
Há outros obstáculos a um preço mais justo e diz respeito aos ramais, falta de financiamento ao produtor e outros incentivos.
Em nível de país, a produção do Acre não tem grande impacto, mas o fruto e seus subprodutos são fonte de renda para milhares de famílias em todo o Estado. Além disso, a banana tem um peso enorme no PIB agropecuário acreano e o valor fiscal da pauta está em discussão. Sobretudo, o Estado é o maior consumidor de banana-da-terra, chegando a 2,4 quilos por pessoa ao ano, de acordo com o portal especializado em segurança alimentar O Joio e o Trigo. Nos preços atuais e nas condições impostas pelo mercado e a falta de política pública para a banana, não à toa o produto anda sumido das prateleiras.
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