Quando alguém quiser saber minha opinião sobre determinado assunto, o interessado tem que estar preparado para escutar exatamente aquilo que eu penso e não necessariamente aquilo que ele gostaria de ouvir.
Diante de argumentos que me convençam, não tenho a menor cerimônia de refazer ou ajustar meus conceitos.
Digo isso porque a maioria daqueles que desejam uma opinião tem a expectativa de que esta seja exatamente igual a deles. No fundo, o que almejam é apenas a concordância pura e simples. Esse processo é comum entre os que opinam. Ninguém gosta ser contrariado ou entrar em debate com argumentos contundentes.
Nesse aspecto os bajuladores são craques. Eles nunca falam nada divergente do tom e do conteúdo que deleitam e afagam o ego de suas presas.
Não tenho o menor problema em conviver com pensamentos plurais, desde que o limite seja o respeito. Aliás, aprendo e evoluo nesses ambientes. Meu receio é o silêncio e a covarde anuência daqueles que se manifestam somente depois de observarem a direção do vento e o lucro de seus objetivos pessoais.
Ter juízos de valores custa caro, afasta e alimenta a rejeição. E raros são os que admitem compartilhar uma amizade com pessoas de opiniões contrárias.
Sobre debate e, especialmente, debate sobre política, o Acre já experimentou um período nebuloso de controle de opinião e da expressão.
Entre tantos casos graves de censura, destacaria um simples e nojento: já derrotado na candidatura de reeleição de deputado, certo dia uma moça me abordou num supermercado para falar que, apesar de gostar de minhas opiniões, não as “curtia” por medo de ser identificada. E justificou: o governo petista tinha olheiros designados para acompanhar o que “ rolava” nas páginas de algumas pessoas.
Apesar do elogio, fiquei preocupado por saber que um insignificante ‘ex’ era patrulhado em sua rede social.
A prática de controlar as redações do jornalismo tradicional deixou uma meia dúzia de gatos pingados com a boca torta: como a imprensa acreana opera atualmente no limite da liberdade, e as vezes até extrapola, a turma da censura, na maior cara de pau, estrebucha como vítima de uma falsa mordaça o simples fato de as manchetes dos jornais e sites locais não serem exatamente iguais as que eles impunham ou sejam repetidas até que estas se transformem em verdades, como nos velhos tempos em que decidiam quem comia na mão deles a ração da verba publicitária e leiloavam a reputação de adversários.
A pluralidade é o principal adversário do autoritarismo do PT. Não por acaso uma das principais bandeiras de Lula é o controle social e de conteúdo da imprensa. Observando isso, dentro de minhas escassas limitações vou lutar para que este passado nebuloso e perigoso nunca mais volte para atazanar a vida dos acreanos.
Infelizmente, em âmbito nacional, a polarização deixará o brasileiro entre a cruz e a espada; entre os dois extremos que se retroalimentam.
Luiz Calixto escreve todas às quartas-feiras no ac24horas.com
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