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Delegado descarta envolvimento de Gladson em operação da “Máfia dos Precatórios”

Por
Marcos Venicios

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 21, a Polícia Civil do Estado do Acre concedeu detalhes da Primeira fase da Operação “Status Debitum”, que teve por objetivo colher elementos probatórios de supostos crimes contra a administração pública praticados por uma organização criminosa que atua no pagamento ilegal de precatórios, dívidas do poder público reconhecidas judicialmente.


O procurador do Estado João Paulo Setti e o ex-presidente da OAB-AC (Ordem dos Advogados do Brasil seccional Acre), Erick Venâncio, foram alvos da investigação por supostamente participarem de um esquema de corrupção relacionado à aquisição de precatórios milionários a baixo custo mediante informações privilegiadas. Na ocasião, foi realizado o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão, sendo 8 (oito) cumpridos em Rio Branco/AC e 5 (cinco) no Estado de Mato Grosso do Sul/MS.


O delegado-geral da Polícia Civil, Josemar Portes, fez questão de enfatizar o não envolvimento do governador Gladson Cameli (Progressistas) e de sua esposa, a primeira-dama, Ana Paula Cameli, no escândalo dos precatórios. Segundo ele, ocorreu o inverso, o chefe do executivo fez questão de solicitar que os fatos fossem apurados com o rigor da lei. “O governador Gladson Cameli não é investigado na Operação de hoje. Posso garantir que ele não é investigado, não há elementos que apontem fatos ligados nem a ele e nem a entes queridos [Ana Paula Cameli]”, ressaltou.


Sobre a operação, Portes destacou que o assunto é de conhecimento público. “Nosso trabalho é investigar para elucidar os fatos. O objetivo é para que não gere dúvidas e nós vamos chegar a conclusão. A operação visou colher dados com base na denúncia”, explicou.


O delegado Pedro Resende explicou que os precatórios são dívidas reconhecidas pela justiça. Ele destacou que um dos investigados após perder o cargo, ele desceu para o 1° grau na instância judiciária, com isso, foi solicitado a abertura do sigilo fiscal. “Essa pessoa perdeu o foro e foi para o 1° grau e a justiça deferiu as médias que foram cumpridas hoje. Vamos investigar os documentos, computadores e demais elementos. Agora vamos buscar mais elementos. O que se investiga é pagamento irregular de precatórios, lavagem de dinheiro, corrupção e demais crimes”, citou.


Participaram da coletiva, os delegados Felipe Martins e Pedro Buzolin, ambos da delegacia de repreensão as ações criminosas organizadas, além de Pedro Resende e Rodrigo Noll, da delegacia especializada de combate a corrupção.


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Marcos Venicios

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