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O comércio com o exterior do Acre em 2021 – Parte 2 

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As exportações dos Produtos Florestais


Dos US$ 48,838 milhões exportados pelo Acre em 2021,  US$ 28,527 milhões (58,4%) foram  de produtos de origem florestal, sendo US$ 16,221 milhões (33,2%) de madeira e derivados e US$ 12,306 milhões (25,2%) de Castanha do Brasil. 


As exportações de Castanha cresceram mais de 242% em 2021.



Em 2020, os produtos de origem florestal representaram 49,3%, portanto, entre 2020 e 2021 a representatividade do setor subiu 9,1 pontos percentuais. O produto de maior crescimento  em 2021 ficou por conta da Castanha com  242,3%. As exportações de madeiras e derivados aumentaram 23,3% no ano. O crescimento da castanha demonstra uma recuperação comercial do produto.  Em 2020, com as medidas de isolamento social, impostas pela pandemia do coronavírus, trouxeram impactos na sua comercialização. Conforme a Embrapa, o preço da lata (unidade de medida da castanha) em 2020, que já apresentava sinais de queda no mercado local, reduziu para menos da metade do valor praticado em 2019 nessa mesma época, fazendo com que  muitos extrativistas não conseguissem  vender toda a produção coletada.


Em 2021, o Peru e os Estados Unidos foram os destinos de 92,5% da Castanha exportada pelo Acre. Os dois países importaram mais de US$ 11 milhões do produto. Em seguida vieram a Bolívia (3,1%), o Reino Unido (1,8%) a África do Sul (1,5%) e a Holanda (0,9%).



Com destino ao Peru, a alfândega de Assis Brasil foi por onde foram exportados 52,7% da Castanha em 2021. Depois foi utilizado o Porto de Santos 31,5% para onde seguiu a castanha para os Estados Unidos. Depois, pela ordem vieram o Porto de São Francisco do Sul (3,4%), Epitaciolândia (2,5%), Itajaí (1,2%) e os demais, constantes no gráfico abaixo: 



Os Estados Unidos e a Bélgica foram os responsáveis pela aquisição de 55,5% da madeira acreana em 2021


O principal destino da madeira exportada pelo Acre em 021  foram os Estados Unidos (42,4%) em seguida a Bélgica (13,1%), a França (10,5%), Holanda (8,8%), a China (83%) e os demais, constantes no gráfico abaixo.



As principais alfândegas utilizadas pelos empresários acreanos para as exportações de madeira foram: o Porto de Manaus, por onde saíram mais de US$ 10,3 mil, correspondente a 64,1% do total. Em seguida veio a alfândega do Porto de Paranaguá com mais de US$ 5.600 mil, equivalente a 34,9% de tudo o que foi exportado de madeira em 2021. Houve registros de exportações por Itajaí e Foz do Iguaçu.



Nas exportações brasileiras em 2021, os produtos florestais tiveram alta de 11,6%,  onde alcançaram US$ 13,94 bilhões. Dentro dos produtos do Agro, foram superados somente pelo complexo da soja e de carnes. Quanto a Madeira,  conforme o IPEA, dentre os 15 produtos mais importantes das exportações do agronegócio brasileiro em 2021, ela ocupou a 8ª posição. O país exportou US$ 5,3 bilhões no ano, um crescimento de 44,2% em relação a 2020 (US$ 3,7 bilhões).


Para 2022 as perspectivas são de um maior crescimento para o setor. Especialistas também destacam que na produção regional existe uma tendência para se criar políticas públicas de incentivo à bioeconomia da floresta, criando incubadoras e aceleradoras de empresas para fomentar startups que utilizem tecnologia para agregar valor aos produtos florestais. Vamos aguardar.


Voltaremos no próximo artigo destacando aspectos importantes sobre as exportações acreanas dos produtos da pecuária (bovinos e suínos) em 2021.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas.