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A Operaçao Ptolomeu e o Tribunal Político

Por
Luiz Calixto

De certos supostos fatos na operação PTlomeu que ainda não consegui entender, destaco:


1- Como é que alguém é classificado como “chefe de uma organização criminosa” e, no entanto, não apresenta contra o mesmo argumentos e provas para afastá-lo do cargo?


2- Como é que investigam recursos do SUS e do Fundeb e nenhum ordenador de despesas da Saúde e da Educação figura na lista dos investigados?


3- Como é que empresas, que prestaram serviços no Acre apenas nos anos de hegemonia do PT, são acusadas de receber dinheiro de origem do governo acreano exatamente no período da gestão na qual não realizaram nenhum serviço?


Embora autoridades policiais sejam sérias e competentes, elas são humanas e não estão imunes ao cometimento de equívocos e injustiças. Aliás, ninguém neste mundo pode atirar a primeira pedra falando que acerta tudo.


Pelé foi o maior jogador de todos os tempos, mas isso não impediu que o Rei errasse 24 pênaltis apenas em jogos oficiais.


Durante a operação G7, através do vazamento do teor das interceptações telefônicas, o povo teve conhecimento de dezenas de diálogos envolvendo empresários e gestores públicos combinando preços e divisão de obras; de gente exigindo de construtoras a reforma da cozinha da residência como vantagem e, ainda assim, a Justiça considerou essas provas frágeis para justificar uma condenação.


No caso atual, não há um diálogo envolvendo um gestor público.


E se há, este não “vazou”, como aconteceu com a peça que todos tiveram conhecimento pela rede de fuxico do WhatsApp.


Ora, se não houvesse inconsistências, ilações e suposições improváveis, a Justiça seria um tribunal exclusivo para condenações. Ninguém seria envolvido em inquérito policial com chances de absolvição.


A questão é a condenação politiqueira: até que tudo seja devidamente esclarecido, muitos já terão feito seus julgamentos e condenações antecipadamente.


No tribunal dos justiceiros da política eleitoral , a condenação é fundamentada apenas de acordo com o interesse eleitoral, com o ressentimento e o ódio de juiz, cargo para o qual o único diploma é o título de eleitor.



Luiz Calixto escreve todas às quartas-feiras no ac24horas.com


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Luiz Calixto

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