Representantes da categoria de motoboys na capital acreana resolveram se retratar publicamente por meio de um vídeo a favor do proprietário da lanchonete Máfia Lanche, após o entregador Taylom Souza dos Santos ter o acusado de não pagar suas taxas de entrega e ainda pegar seu sanduíche de volta.
Mesmo depois de terem organizado uma manifestação a favor do motoboy, nessa sexta-feira, 14, Caio Wendel Alves Gomes, d3 35 anos, representante do grupo Federais do Asfalto Acre e Aldercly da Liderança, da Família Motoboy Acre, disseram ter ouvido os argumentos do dono do estabelecimento e entenderam que, apesar do excesso do empresário César Rocha, Taylom não agiu dentro dos padrões de um motoboy. “O que aconteceu foi o seguinte: saiu um pedido antes do horário. Como entrou antes, ele devia ser entregue. No calor do momento, ele [César Rocha] falou besteira e tomou o lanche. O motoboy deveria ter entregue os pedidos, não sei se ele agiu de má fé”, declarou Caio Gomes.
Além disso, o representante do grupo alegou que o dono do estabelecimento não deixou de efetuar o pagamento das entregas, cerca de R$ 20, que seriam para ajudar na gasolina. “Pelo que ele repassou, foi pago a ele direitinho. Sobre o lanche, o acordo é de dar apenas um por noite”.
Sobre a retratação, o proprietário César Rocha contou ao ac24horas que é importante que se esclareça a verdade. Segundo ele, os motoboys lhe deram razão no incidente.
Por fim, o dono do estabelecimento alega que sofreu ameaças por parte de pessoas mal informadas. “As pessoas não souberam dos dois lados”, ressaltou.
Relembre a história
Ao ac24horas na última quinta-feira, 13, Taylom alegou ter sido vítima de uma grande humilhação durante seu expediente de trabalho. Na ocasião, ele contou que foi contratado para prestar serviço de entrega até às 3 horas da madrugada, onde o pagamento era a taxa das entregas, um extra de R$ 20 reais para o combustível e um sanduíche como janta no decorrer do serviço.
Porém, na noite de terça, Taylom disse que no horário acordado, informou ao dono que não iria realizar as entregas. Inconformado com a situação, César Rocha começou uma discussão com o entregador. “Nós tínhamos combinado para fazer esse extra. Na sexta eu fui ver e combinei com ele para ir das 19h às 3h da madrugada, mas, na terça-feira ocorreu isso. Eu estava cansado e ao dizer que ia para casa, pois já havia dado meu horário, falei que não iria, ele então resolveu tomar meu lanche e disse que não pagaria minha taxa extra [ R$ 20 reais]”, declarou.
Já José César Amorim da Rocha, 53 anos, dono do lanche, disse não ter negado o lanche ao motoboy, segundo ele, a janta foi dada no início da noite. “Eu tenho motoboy que comprova o que tenho dito. Eu já tinha dado a janta a ele, não tenho direito e obrigação de ter dado de novo. Meu lanche fica até às 3 da madrugada, eu dava R$ 20 pela gasolina, lanche e taxas, no dia do ocorrido faltando 20 minutos saiu dois pedidos, a minha esposa fez e ele não quis entregar. Sobre o lanche, ele tinha me pedido, como ele não entregou eu não dei”, comentou.