Lucas Arthur Silva Lima é o nome do menino que nasceu no último dia 4 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Campanha de Cruzeiro do Sul, onde sua mãe, Michele Fabrício, de 32 anos, está internada com Covid-19. O menino está na Maternidade e o Registro Civil dele foi feito nessa segunda-feira, 10, pelo pai, Alexandre Santos Lima, de 26 anos.
“A mãe dele que escolheu Arthur durante a gravidez e disse que é nome de guerreiro. Eu escolhi Lucas porque é um nome bíblico”, contou ele, que viu o recém-nascido na UTI neonatal onde segue desde que nasceu. A criança já respira sem a ajuda de aparelhos e o exame de Covid-19 deu negativo.
“Em nome de Jesus eu creio que Arthur e a Michele vão se recuperar e voltar para casa pra gente seguir nossa vida com nossa família” , espera o homem que tem outros dois filhos com Michele, um menino de 6 anos e uma menina de 4. A família vive na Comunidade do Bigode, na zona rural de Rodrigues Alves.
Começo do problema foi uma infecção urinária
Alexandre conta que Michele fez todo o pré-natal em uma unidade de saúde em Rodrigues Alves. Mas entre o 7° e 8 ° teve uma infecção urinária e ficou internada na Maternidade de Cruzeiro do Sul. Depois, foi para a casa de familiares na zona rural de Cruzeiro do Sul, mas tinha dores e fraqueza e ficou internada na Unidade Mista de Saúde de Rodrigues Alves.
Foi então que a mesma voltou para a Maternidade e foi para o Hospital de Campanha. “Depois dessa infecção urinária ela não teve mais saúde. Passou por todos esses lugares e pegou Covid-19, teve dengue e pneumonia. Os médicos fizeram o parto e ela teve outro problema. Eu não tive coragem de ver ela na UTI não. Não aguento. Eu amo demais a minha esposa e creio que ela vai voltar pra mim”, acrescenta.
Michele já teve outra gravidez complicada em 2015 quando levou um choque elétrico durante a gestação, ficando 28 dias internada na Maternidade até o filho nascer. Por causa deste acidente ela ficou com sequelas em uma das mãos e foi aposentada pelo INSS por invalidez.
Arthur precisa de fraldas e família de alimentos
O pai de Arthur diz que eles tinham comprado apenas metade do enxoval do bebê e que o restante seria adquirido no final do mês de janeiro. O bebê era esperado para o dia 20 de fevereiro. Por isso, Alexandre conta que precisa de doações para o filho como itens de higiene.
Como está cuidando dos filhos e tem que acompanhar o estado de saúde do filho e da esposa na cidade, Alexandre diz que precisa também de alimentos para as outras duas crianças. “Eu estou quase sozinho pra cuidar de tudo e preciso de ajuda de quem puder ajudar de coração”, ressalta .
As doações podem ser entregues no setor de Assistência Social da Maternidade de Cruzeiro do Sul. O casal que é evangélico faz parte da Igreja Pentecostal do Brasil. A igreja faz uma corrente de oração pela vida de Michele e de Lucas Arthur.