NOS filmes de suspense, o mordomo é sempre apontado como o suspeito pelo crime. No filme do caos que se instalou no sistema de transporte coletivo – 11 linhas foram suspensas, deixando milhares de passageiros sem ônibus – o mordomo não só é o suspeito, mas o culpado. É pelo menos o que sustenta o prefeito Tião Bocalom, que acusa o ex-prefeito Marcus Alexandre de ser o “culpado” pela baderna em que se transformou o serviço de ônibus na capital.
“Não era para o Marcus ter renovado as concessões, ele sabia que todas as empresas estavam irregulares, o RBtrans já tinha emitido uma nota sobre isso. Ele é o culpado por tudo o que está acontecendo. Nunca ninguém encarou essas empresas como eu encarei. O problema vem lá de trás, não fui eu que gerei”, enfatizou Bocalom.
O prefeito considera a situação muito grave, porque fica difícil achar uma empresa que queira vir para Rio Branco e assumir um sistema deficitário num primeiro momento. Cinco cartas-consultas foram enviadas para empresas de fora para encampar as linhas da empresa Floresta, que está sendo tirada pela prefeitura, mas até o momento não obteve resposta.
Enquanto isso, ele tenta de forma paliativa que as linhas sem ônibus sejam assumidas temporariamente pelas empresas que atuam na capital. Por tudo o que revelou o prefeito Tião Bocalom ao BLOG, o transporte coletivo é a sua principal dor de cabeça do momento. E, não é problema de fácil solução.
RUAS DO POVO FORA
O PREFEITO BOCALOM se irrita quando se fala nos buracos nas ruas da cidade. “Nenhum prefeito tapou mais buracos nas ruas do que o Bocalom, é só perguntar para os taxistas, mototaxistas, que vão comprovar. O problema é que todo mundo virou repórter, pega o celular, filma o buraco da rua da sua casa e coloca no ar. Foram 773 ruas recuperadas”, desabafa o prefeito com as críticas”. Voltou a afirmar que não vai colocar um palmo de asfalto nas ruas do programa “Ruas do Povo”, em investigação pela PF.
COMPROMISSO OFICIAL
OUVI ontem de importante figura do MDB de que o partido vai condicionar o apoio oficial da sigla à reeleição do governador Gladson Cameli, a este adotar a deputada federal Jéssica Sales (MDB), como a sua candidata a senadora. “O MDB não abre mão de participar da chapa majoritária do Gladson”, assegurou a fonte do BLOG.
CONVERSAS ABERTAS
ENQUANTO a situação não se decide o MDB vai conversar com todos os partidos sobre a disputa do governo, inclusive, as siglas de esquerda estão na pauta.
SEGUNDO TURNO
O deputado Jenilson Leite (PSB) nem pensa em voltar atrás na disputa do governo, está convicto de que chegará ao segundo turno, com base nos números de pesquisas que encomendou. E, segue na campanha.
CONFUSÃO CERTA
O União Brasil – partido que sairá da fusão DEM-PSL, ainda nem existe juridicamente, e uma confusão é certa de vir a acontecer. O partido tem dois pretendentes ao Senado, o deputado federal Alan Rick (DEM) e a Márcia Bittar, essa apoiada pelo senador Márcio Bittar (PSL). A questão é que nenhum dois quer abrir para o outro.
TERIA FECHADO
O SENADOR Sérgio Petecão (PSD) só não tem ainda um candidato a senador, porque quer empurrar a decisão para abril. Dois dos candidatos do grupo do Gladson fizeram sondagens ao Petecão para entrar na chapa.
MESMO ROTEIRO
ESTÁ acontecendo com o governador Gladson na Operação Ptolomeu é mesmo roteiro desgastante vivido pelo ex-governador Orleir, que sofreu um massacre da mídia nacional até se fecharem as portas do Planalto.
BOICOTE CERTO
O GLADSON CAMELI não é nenhum amador – ou não teria sido eleito deputado federal, senador e governador, e sabe que sendo reeleito, e o Lula ganhando a eleição, vai viver quatro anos de inferno astral para liberar verbas extras para a sua administração. Conheço o humor do PT.
MONTADOS NA GRANA
O FUTURO União Brasil e o PT são os dois partidos que terão um maior volume de Fundo Eleitoral para jogar nas suas campanhas. O União com 927 milhões e o PT com 582 milhões. O MDB terá 410 milhões, o PP 392 milhões e o PSD 390 milhões. As demais siglas em escalas menores.
DISPUTA DESLEAL
A ELEIÇÃO PARA deputado federal será muito desleal para os candidatos sem mandatos, que terão de enfrentar os atuais parlamentares, com um mínimo de 2 milhões em caixa para gastarem nas campanhas. Os sem mandatos receberão valores bem menores do Fundão.
A IMPORTÂNCIA DE UM VOTO
NUMA disputa eleitoral um voto é decisivo. Um fato antigo que vou remorar. O Osmir Lima (MDB) perdeu por um voto na convenção do MDB, que indicou o candidato do partido a vice-governador. Ganhou o Edson Cadaxo.
IDADE DAS TREVAS
ME RECUSO a entrar numa discussão com os que são contra a vacina do Covid-19. A cabeça desse pessoal ainda está na Idade Média, a chamada idade das trevas.
PONTO FORA DA CURVA
O FOCO do ex-senador Jorge Viana (PT) é no Senado. Vou reiterar o comentário de que, ele só disputaria o governo num ponto fora da curva, como um afastamento do governador Gladson, possibilidade cada dia mais distante.
BOCALON FECHADO
O PREFEITO Bocalom tem dois objetivos na eleição deste ano: apoiar as candidaturas do senador Sérgio Petecão (PSD) ao governo e a da senadora Mailza Gomes (PP) a mais um mandato. O velho Boca tem deixado claro.
FRASE MARCANTE
“Quem não lê, não pensa e, quem não pensa, será sempre um servo”. Jornalista Paulo Francis, falecido.
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