PARA sustentar um impeachment é preciso um fato concreto definido. Além de que, é uma peça política. Não devem, pois, prosperar os dois pedidos de impeachment contra o governador Gladson Cameli, que deram entrada na ALEAC. O que há na Operação Ptolomeu são acusações de supostos atos de corrupção, onde ainda não existem réus. Aliás, nem a Denúncia formal do MPF. O processo está em fase de apuração. Não há assim ainda um fato concreto sentenciado. E, indo para a parte política, o governador tem maioria esmagadora na ALEAC. O provável é que, os dois pedidos de impeachment não sejam nem colocados em votação. O presidente Nicolau Junior (PP) tem a prerrogativa de colocar ou não as matérias em pauta. A informação que tenho é de que não irão para a votação no plenário. E, ainda que fossem para o voto, a oposição não tem deputados suficientes para a aprovação dos pedidos de impeachment. Ficaria só no debate político. Não outro cenário para esta situação.
PAPÉIS DISTINTOS
NA democracia a oposição e a base de apoio do governo têm papéis distintos. A oposição é para contrapor o governo, esta é a sua essência. A base de apoio é para rebater os ataques ao governo. É assim que devem serem vistas as ações de oposicionistas e governistas, nesta questão da Operação Ptolomeu. Cada um no seu quadrado e desempenhando seu mister. O desfecho fica por conta da justiça. Assim funciona o jogo político.
BANDEIRA DA CAMPANHA
AINDA não se sabe qual será o desfecho da Operação Ptolomeu, que ainda se encontra no início, mas uma coisa é certa, ela será a principal bandeira da oposição a ser desfraldada na campanha contra o governador Gladson.
REGISTRO NO TER
A PARTIR de agora toda pesquisa sobre candidaturas na eleição deste ano terão que ter o registro na justiça eleitoral, sob pena de multas pesadas para quem divulgar pesquisas sem estarem registradas. É um ato apenas formal, o registro não tem o condão de evitar manipulações para agradar o contratante, como manipular a margem de erro, artimanha que costuma ser muito usada por institutos que não são sérios.
APOIO DE PESO
O DEPUTADO federal Alan Rick (DEM) e o Pastor da IBB, Agostinho Gonçalves, que se encontravam afastados se encontraram ontem; conversaram e reataram a antiga amizade. Agostinho é o Pastor evangélico que tem mais força política no estado. Domina a difícil arte de transferir votos. Será um apoio de peso na candidatura do Alan ao Senado.
PODE REVERTER
COM apenas um ano de mandato fica difícil se afirmar que um prefeito não vai cumprir as promessas de campanha. O prefeito Tião Bocalon pode reverter a impopularidade do primeiro ano, e dar a volta por cima nos três anos restantes. É uma pessoa de boas intenções. Mas tem que deixar a viagem na maionese de implantar na cidade um sistema de identificação visual; ônibus elétrico, produzir arroz e feijão, porque o que vai fazer retornar a sua popularidade é manter as ruas asfaltadas e sem buracos, lixo recolhido, bom atendimento na saúde com médicos e medicamentos, não tem que querer inventar a roda. Tem muito tempo para melhorar.
TODOS BLEFANDO
CONVERSEI ontem com um articulador político que conhece tudo de formação de chapas. Foi textual ao afirmar que, a esmagadora maioria dos partidos não tem ainda uma chapa completa para a Câmara Federal. Na sua visão, no máximo cinco partidos elegerão deputados federais. “Todos estão blefando”, disse um deles ao BLOG.
MACHADADA NA CABEÇA
O FIM DAS COLIGAÇÕES proporcionais, em que vários partidos se uniam para eleger deputados, foi como uma machadada na cabeça dos partidos nanicos, que ficaram este ano obrigados a ter chapas próprias para deputado.
NÃO ACONTECERIA
A DEPENDER (mas não depende) da opinião da cúpula regional petista, não aconteceria a federação envolvendo numa aliança formal o PT-PSB-PCdoB-PV-PSOL. É o que tenha ouvido a respeito das lideranças do PT no estado.
ATÉ ABRIL
A federação envolvendo os partidos do campo da esquerda terá que estar formada oficialmente até o dia 2 de abril. Quem mais torce para que aconteça no estado é o PCdoB, com dificuldade de formar chapa a deputado.
ACRE NO PACOTE
NAS discussões que acontecem em Brasília, entre as exigências do PSB para entrar na federação, é a de que o PT apoie a candidatura do PSB ao governo.
PLENA CAMPANHA
O DEPUTADO Jenilson Leite (PSB) se encontra em plena campanha para o governo, e ciente que pode chegar ao segundo turno da disputa. Não mostra sinal de recuo.
CHOQUE DE INTERESSES
O PSB tem a candidatura posta do deputado Jenilson Leite (PSB) ao governo; acontece que o PT está de olho nesta mesma boutique. Se o desfecho da Operação Ptolomeu for mais grave ainda para o governador Gladson Cameli, o PT pode engrossar o pescoço e ir para a disputa. São choques nítidos de interesses.
NÃO VAI RECUAR
PARA os assessores mais próximos do senador Petecão (PSD), a estratégia de “manipular” institutos de pesquisas para colocá-lo num patamar de 12% de aceitação, e fazer com que desista de disputar o governo, não vai funcionar. “Nós temos pesquisas internas que mostram nossa real posição, o Petecão vai não só disputar, mas ganhar a eleição”, disse um deles ontem ao BLOG.
BANCA PRESTIGIADA E CARA
O governador Gladson está sendo defendido por uma das bancas de advogados mais famosas e caras do país, fato que não pode ser explorado negativamente pela oposição. A família do governador tem posses para bancar a defesa, normal que procure o melhor do ramo.
SERIA O GRANDE TRUNFO
A GRANDE torcida da oposição é no sentido de um afastamento do governador Gladson do cargo, o que mudaria por completo o cenário da disputa do governo. Mesmo com a gama de acusações que sofre, se disputar a reeleição no governo o Gladson é muito forte, a oposição sabe disso. Daí a sua torcida pelo seu afastamento.
ACABOU O MONOPÓLIO
NA eleição deste ano será quebrado o monopólio, que era detido por dois institutos de pesquisas regionais; os partidos estão investindo em trazer institutos de outros estados, para ter uma noção mais diversificada do quadro. Se preparem para ver um festival de números diferentes no decorrer da campanha ao Senado e Governo. Mas, o que decide eleição é a campanha.
APENAS COMO EXEMPLO
CLARO que, cada eleição acontece num contexto diferente, mas para reforçar a tese de que pesquisa não ganha eleição, a ex-prefeita Socorro Neri aparecia no meado da reta final da última campanha para a PMRB, com números que a colocavam ganhando no primeiro turno; e quase que ela não chega ao segundo turno.
FRASE MARCANTE
“Percorrei todas as orações que se encontram nas escrituras, e eu não creio que possais encontrar nelas algo que não esteja incluído na oração do Senhor”. (Santo Agostinho)
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