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Acreano chega a pagar R$ 434 em itens da ceia de Natal, 12% mais caro que 2020

Por
Saimo Martins

A alta no preço dos alimentos que incide nos últimos meses deixou diversos itens da ceia natalina ainda mais caros no estado do Acre. Em um ano, o estado teve uma inflação de 12,54%. Já no acumulado desde o início da pandemia, o Acre sofreu 21,39% de reajuste nos valores de produtos que compõem a cesta de final de ano. Com isso, a ceia de Natal ficou mais cara, cerca de 12% neste ano em relação a 2020.


Um dos produtos mais tradicionais, o panetone, está 25,96% mais caro. Já o Chester registrou elevação de 7,27%, assim como o Peru, de acordo com uma prévia do levantamento da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).


Um levantamento feito pelo ac24horas em seis redes de supermercados e atacadistas da capital acreana mostra que a cesta natalina está custando em média de R$ 396 a R$ 434 ao consumidor. Dentre os itens avaliados estão peru, chester, pernil, azeitona, macarrão, molho de tomate, vinho, champanhe, arroz, uva passa, nozes, melão, palmito, panetone, frutas cristalizadas e farinha, sendo que o mais caro é o pernil, que está custando R$ 119 reais.


No Araújo, por exemplo, o valor da cesta natalina chegou a R$ 434,10. No Pague Pouco, R$ 437,78. O Mercale registrou R$ 443,66. No atacadista Assaí, o preço ficou em R$ 419,22. No Mineirão R$ 396,27 e no Atacadão R$ 433,50.


A funcionária pública Elizangela Ferreira, de 33 anos, disse que a alta dos preços dos alimentos que compõem a ceia natalina vai fazer com que ela reduza a quantidade na compra. “Não tem mais como a gente comprar todos os produtos. Temos que priorizar. Eu, por exemplo, levarei o chester, verduras e o tradicional panetone”, contou.


Como forma de economizar e garantir mais pratos na mesa, o aposentado Elias Oliveira Sampaio, de 56 anos, revelou que entrou em acordo com membros da família para que cada um possa levar um prato feito para juntos cear na casa de familiares. “A inflação está alta, os alimentos subiram e o salário mantém o mesmo. Para não ficar pesado, cada um ajuda e, assim, nos confraternizamos mais”, comentou.


O economista Orlando Sabino afirma que o aumento no preço dos alimentos é influenciado pela inflação que elevou bastante em Rio Branco, acarretando aumento na gasolina e diesel.


Para ele, outro ponto negativo é o setor de transporte, que tem fator importante na renda desse público, repercutindo no aumento de preços. Por último, o preço da habitação que tem peso na vida do trabalhado. “O aumento no preço dos alimentos influencia na sobrevivência do trabalhador. Os alimentos subiram drasticamente. A carne subiu bastante desde 2019. Só nesse período, subiu 16,86% acompanhada de ovos e carne de frango”, explicou.


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Saimo Martins

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