A direção do Colégio Militar Dom Pedro II, administrado pelo Corpo de Bombeiro Militar do Acre (CBMAC), se manifestou sobre uma série de prints de conversas de whatsapp que foram publicadas por uma página anônima do Instagram envolvendo um dos militares da corporação em um possível caso de assédio contra uma suposta aluna da instituição de ensino.
Pelo que se pôde apurar, a página foi criada, publicou o conteúdo e depois apagou todo o material, restando os prints que foram feitos e passaram a ser divulgados em outros canais da internet. Nas conversas se pode identificar um dos militares ligados ao colégio conversando com o que aparenta ser uma mulher, mas que não é possível ser identificada.
Nas conversas há conteúdo de conotação sexual, inclusive com a publicação de uma imagem pornográfica ilustrando a interlocução que se segue. No entanto, não é possível garantir que do outro lado da conversa esteja uma estudante da instituição. Esta última condição somada à falta de uma denúncia formal é o que baseia a argumentação da direção do colégio.
De acordo com o diretor da instituição, o tenente Jonatas, não existe, até o momento, qualquer notícia de denúncia formalizada a respeito do caso no colégio Dom Pedro II, em delegacia de polícia, na Corregedoria do Corpo de Bombeiros ou no Ministério Público, seja por alguma das alunas ou por pais de estudantes matriculados na instituição educacional.
Apesar de não haver denúncia ou comprovação de que a pessoa que dialoga com o militar nas conversas seja uma aluna, o diretor do Colégio Militar informou que um procedimento investigatório interno foi aberto e que para preservar a imagem tanto do militar quanto da instituição, ele não está, nesse período, exercendo as suas funções no local.
O tenente disse ainda que, em razão do caso, foi divulgada uma nota no grupo de whatsapp dos pais pedindo que, se porventura houvesse algum fato a ser noticiado, isso fosse levado imediatamente à direção do colégio para que todas as providências necessárias fossem tomadas. Porém, ele diz que nenhuma informação apareceu até o momento.
“Mesmo não havendo nada de concreto até o momento, como a gente preza pela transparência e pela sinceridade, fizemos uma nota e comunicamos no grupo dos pais que se houvesse alguma denúncia, eles procurassem a direção para que fossem levados à Corregedoria para fazer um boletim de ocorrência porque a gente jamais vai compactuar com esse tipo de atitude”, disse o militar.
A página do Instagram que aparenta ter sido criada com a finalidade de divulgar o material continua no ar tendo 887 seguidores até a manhã desta terça-feira (14). No local destinado à identificação do perfil consta: 216a_ass. Na descrição foi postado: “a despedida que vocês merecem!!! Aguardem… TODOS DO COLÉGIO MILITAR DOM PEDRO II DEVEM SABER DESSAAAA!!!! ESPALHEM”.
O ac24horas tentou obter o contato do militar para que ele pudesse se manifestar a respeito do assunto, caso desejasse, mas foi informado de que as informações nesse sentido, inclusive no que diz respeito a uma entrevista com o bombeiro, que hoje está à disposição do Comando Operacional da Capital (COC), devem ser solicitadas formalmente à corporação.
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