Secretário diz que médicos não cumprem ordem judicial

A prefeitura de Rio Branco realizou uma coletiva de imprensa no final da manhã desta quarta-feira, 8, para informar novos andamentos que envolvem a greve dos médicos do município, que já segue há mais de um mês. O secretário de Gestão Administrativa e Tecnologia da Informação (Segati), Jonathan Santiago, afirmou que a categoria não vem cumprindo a determinação judicial de colocar 90% dos profissionais nas unidades de saúde.

Segundo ele, nos últimos 45 dias, o município tem entrado em conversa com vários sindicatos, apesar de os médicos terem optado pela greve. A prefeitura alega que irá identificar todos os profissionais que não estão cumprindo a carga horária exigida.

“A greve é legal, mas eles têm que cumprir a determinação e não limitar onde eles devem atuar, pois só prejudica a população. Em dezembro, o pagamento terá corte de ponto e desconto na remuneração”, disse.

Os médicos argumentam que o munícipio foi inerte e não fez contraproposta. Já a prefeitura diz que não fez contraproposta a nenhuma categoria e que as demais compreenderam a situação e não declararam greve.

“Por entendimentos legais, só a partir de fevereiro que, com o retorno do recesso parlamentar, que o município deve apresentar sua mensagem acerca dos planos. Vamos manter o limite de gasto histórico, não vamos para além disso para não comprometer os concursos da educação, saúde e outras categorias que também reivindicam”.

Segundo o secretário, a proposta dos médicos afeta a receita do município. “Temos que fazer concursos. Isso tem sido compreendido e com relação aos médicos essa compreensão não ocorreu, inclusive com ameaça de demissão em massa. Mas o município não pode ficar refém dessa situação”.

A prefeitura garante que não há como dizer o percentual exato agora de um possível reajuste aos médicos, nem o dia exato de quando irá ocorrer porque ainda tem de aguardar o final do quadrimestre de 2021.

“A proposta dos médicos tem sim impacto na receita. Temos estudo de aumentar o vencimento base para acima de 1,8 mil. Todas as demais categorias tem essa compreensão e os médicos partiram pra greve e estão se articulando pra direcionar o atendimento, alguns não estão indo ao trabalho e descumprindo a ordem judicial”.