O ex-senador Jorge Viana (PT) compartilhou um vídeo na tarde desta sexta-feira, 3, para comentar a reforma que vem sendo feita na entrada do Parque na Maternidade, localizada no centro de Rio Branco.
No vídeo, o petista afirmou que o atual Governo de Gladson Cameli (Progressistas) vem tratando o patrimônio público como uma propaganda partidária.
“Vocês estão vendo a pintura que estão fazendo no Parque da Maternidade? Absurdo tratar um patrimônio público tão querido da população como placa de propaganda partidária. O Parque precisa, sim, de limpeza, de cuidados, segurança, amor – não de mau gosto e crime eleitoral”, afirmou.
Em seguida, o ex-governador, que foi o responsável pela idealização e a entrega do Parque, que virou um dos pontos turísticos mais importantes da capital, cobrou uma posição das instituições como o Ministério Público Estadual e Federal, MPE e MPF, acerca da reforma. A obra entregue por Jorge Viana em 2002, conta com 7 km de extensão e seu percurso passa pela parte central da cidade.
“Isso é dinheiro público jogado fora, já fizeram isso na caixa d’água pintando de azul, também na Arena e querem repetir isso de novo aqui. O Parque precisa de amor, carinho e atenção das autoridades, mas não de uma medida criminosa como essa. Espero que as autoridades tomem providências e não permitam que um patrimônio de todos nós, possa virar um instrumento eleitoral”, escreveu o petista.
O fato curioso é que em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao então governador do PT, Binho Marques, sucessor de Jorge Viana, que retirasse a estrela vermelha na fuselagem do helicóptero João Donato, o “Estrelão”, em razão de uma possível apropriação do patrimônio público para promoção de político partidária.
Na época, o MPF alegou que, apesar de a bandeira do Acre conter uma estrela vermelha, a “enorme desproporção” com o tamanho da figura no helicóptero acaba por confundir o equipamento com a marca registrada do PT. O partido estava no governo do Estado, comandado por Binho Marques, e no Executivo federal.
“Esta semelhança não poderia ser realçada na publicidade governamental com fins de promoção de sua agremiação partidária à custa do erário público”, diz a nota divulgada pelo MPF à época.