É impossível não admirar o talento do apresentador Edvaldo Souza, que na semana passada deixou o comando do Gazeta Alerta, na TV Gazeta. Para ele, foi o fim de um ciclo e justifica que sua saída não foi por problemas salariais, argumentando que sentiu uma queda na qualidade do programa, pediu socorro à direção para efetuar as mudanças que considerava necessárias, mas, como não foi atendido, resolveu pedir para sair. Por isso, preferiu deixar a emissora a ter que questioná-la: “a tv precisa se renovar”, disse.
Num papo que durou 44 minutos com o jornalista Roberto Vaz, no Bar do Vaz, o apresentador revelou momentos interessantes de sua carreira. Disse que já chamou gestores de “ladrão” de uma forma não agressiva e ainda deu um recado: “para não ser chamado de ladrão, o homem público não deve mexer de forma indevida no dinheiro público. É só ele trabalhar, assim como eu, e não vai ser chamado de ladrão”.
Sobre política, Edvaldo pouco fala, mas fez questão de dizer que nunca ficou incomodado com os memes que faziam comparando sua atuação no programa de TV, quando esbraveja contra os políticos, e o silêncio na tribuna da Assembleia Legislativa, quando foi deputado. “O bom deputado não é aquele que usa a tribuna ‘bradando’. Estes fazem fita em busca da reeleição. Eu não vou gastar R$ 3 milhões para virar deputado. Não vou pegar meu dinheiro para comprar um mandato. Eu tenho profissão. A política não é um ambiente saudável para mim. Não tenho saudade. A política só dá prestígio e poder”, afirma.
Como defensor dos direitos dos menos favorecidos, critica o sistema público de saúde ao dizer que falta humanidade no tratamento de quem procura assistência e garante que “a grande vitória que temos hoje, foi o governador [Gladson Cameli] não ter sido negacionista, uma vez que tratou dos riscos da pandemia do coronavírus como orientou a ciência”. Elogiou também a atuação de Gladson durante a pandemia dizendo que “enquanto muitos viajavam, ele estava aqui, acompanhando o sofrimento do povo”.
Por experiência própria, por ter sido deputado e professor, Souza diz que o governador Gladson acertou ao propor pagar um abono de R$ 16 mil para todos os professores da rede pública estadual. “Poucos sabem que o recolhimento mensal do Imposto de Renda de um deputado é maior do que o salário de um professor”, garante. Isso diz tudo. Parabéns, Gladson, pela iniciativa”.
Por fim, o apresentador que ganhou o respeito e admiração dos telespectadores acreanos, disse que se encontrasse com o presidente da república, Jair Bolsona diria: “Bolsonaro, você f*** o Brasil. Para o Papa Francisco, se tivesse a oportunidade, sugeriria: “pega o dinheiro e as riquezas do vaticano e distribua pro povo”. E por não acreditar em Papai Noel, preferiu fazer um pedido pra Deus: “Senhor, nos livre dessas doenças tão ruins…”.
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