Delegada de Brasiléia diz que apreensão de 156 kg de cocaína terá desdobramentos

A Coordenadora de Polícia Civil do Alto Acre, delegada Carla Ivane de Britto, que também é a titular da Delegacia Geral de Brasiléia, afirmou em entrevista ao jornal O Alto Acre, nesta quinta-feira (2), que as investigações sobre a apreensão de 156 quilos de cocaína em um veículos público de transporte de pacientes prossegue e ainda terá desdobramentos.

De acordo com a delegada, a Polícia Civil de Brasiléia já investigava há cerca de 90 dias denúncias de que o homem que foi preso com a carga de cocaína, S. A. T., de 27 anos, estava se utilizando do carro oficial, na condição de doente renal, para transportar drogas até Rio Branco, de onde o produto ilegal seguia para outras capitais do país, nesse caso específico para Fortaleza (CE).

Ainda segundo as informações fornecidas pela delegada, o destinatário do carregamento de cocaína de alta pureza, segundo a perícia feita pela Polícia Federal em Rio Branco, era outro infrator do estado que atualmente está morando em outra região do país. As investigações também apontam que não era a primeira oportunidade em que a “mula” levava drogas na van da prefeitura.

A apreensão foi feita quando o veículo já chegava a Rio Branco, na região da Vila Acre. De acordo com o delegado Rêmulo Diniz, do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), o paciente que levava a carga não esboçou reação e confessou de imediato o crime, apontando onde a droga estava. A cocaína estava acondicionada em duas malas grandes e três mochilas.

As cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, na fronteira com a Bolívia, têm sido há muito tempo ponto de saída de carregamentos de droga que têm como destino outros estados da federação, principalmente nordestinos. As forças de segurança do estado têm atuado com efetividade em cima dessa rota e as apreensões têm sido cada vez mais comuns no curso da BR-317.

Nesta última apreensão, uma das maiores de que se tem conhecimento na região, o acusado foi flagranteado na Delegacia da Polícia Federal de Rio Branco por se tratar do crime de tráfico internacional de entorpecentes. Ele também responderá por associação para o tráfico e por organização criminosa, o que deverá resultar em uma pena bastante elevada.