Em julgamento realizado no auditório do Tribunal de Justiça, que entrou pela noite desta quarta-feira, 24, integrantes do Corpo de Jurados da Segunda Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar condenaram todos envolvidos no assassinato do Agente Penitenciário Romário Cavalcante Alexandrino, executado a tiros em sua casa na Vila do V, município de Porto Acre, em fevereiro de 2017.
No veredito final, juiz Álesson Bráz, que comandou os trabalhos, estabeleceu uma pena de 247 anos e seis meses para todos os envolvidos divididos da seguinte forma: 50 anos, 10 meses e 10 dias para José Roberto Cruz de Lima, 50 anos e 11 meses para Gabriel de Oliveira Gomes. Rafael Silva Campos também pegou 50 anos, 11 meses e 10 dias, Alexandre Costa de Lima, 50 anos e 11 meses e Diemerson Antônio da Silva e Silva, foi condenado a 43 anos e 8 meses. Os assassinos foram encaminhados ao presídio da capital.
O crime, de acordo com os autos do inquérito policial instaurado na delegacia de Porto Acre, ocorreu na noite do dia 21 de janeiro, quando quatro homens armados invadiram a casa de Romário Alexandrino, na Vila do V e o executaram com vários tiros. Na mesma ação, ainda balearam o cunhado da vítima, tendo a esposa do Agente Penitenciário conseguido sair com o filho menor pela porta dos fundos.
Os investigadores da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) descobriram que a ordem de executar Romário partiu de dentro do presídio, tendo como mandante Gabriel Oliveira Gomes dos Santos. Na realidade, a ordem era matar um Agente Penitenciário e Alexandrino foi o escolhido por morar em local afastado. Os executores foram identificados a seguir e todos presos.
O julgamento seria realizado em 2019 em Porto Acre, quando por medida de segurança, temendo a ação de membros de facções, o juiz responsável pediu que o caso fosse levado para a capital.