A blogueira acreana Juh Vellegas foi barrada ao tentar embarcar no MZS Preziosa na tarde desse sábado, 20, na cidade de Santos, em São Paulo. Na embarcação, que terá eventos durante três dias de festa em alto mar, irá ocorrer a gravação do DVD do cantor Wesley Safadão, incluso no projeto WS On Board. Vellegas já havia anunciado aos seus mais de 190 mil seguidores que faria parte do público na gravação do DVD, no entanto, foi surpreendida ao ter a carteira de vacinação contra a Covid-19 negada pela equipe do navio.
Juh se imunizou na Bolívia com a vacina russa Sputnik V, que ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. Ela conta que tomou as duas doses enquanto o Acre ainda não estava vacinando sua faixa etária no estado, por isso recorreu ao país vizinho. “Eu não entrei no navio por uma coisa que eu deixei passar, literalmente, não me atentei a isso”.
A jovem afirma que resolveu se vacinar na Bolívia após seu marido, que é médico, se contaminar pelo novo coronavírus. “Sou descendente de bolivianos, meu avô, meus tios são bolivianos, tenho parentes em Cobija. No Acre não havia chegado minha idade de vacinar e fui para a Bolívia e vacinei a primeira e segunda dose lá da Sputnik”.
Ela relata que não imaginava que seria barrada ao tentar embarcar no navio, pois já havia feito viagem internacional e saído para vários estados brasileiros e participado de eventos apresentando a carteira de vacinação boliviana. “Quando chegou na hora de embarcar no navio, eles olharam minha carteira e não deixaram eu entrar porque a vacina não é aceita em território brasileiro. Eu não sabia que a Sputnik não vale no Brasil”.
A influenciadora digital diz que tentou durante por horas, conversou, foi até à Anvisa, se humilhou para tentar embarcar, mas não conseguiu, mesmo com teste de Covid-19 apresentando resultado negativo para a doença. “Estou muito triste, em estado de choque, mas estou bem. Eu vi o Safadão há um mês. Queria estar no DVD”.
De acordo com a blogueira, ela havia comprado ingressos para a cabine há cerca de dois anos, antes mesmo da pandemia. Inclusive, o navio só pode embarcar com 75% da capacidade por conta da pandemia. “Deus não queria que eu fosse, não quis que eu estivesse lá. Eu deixei esse erro bobo passar. Poderia ter tomado a dose única aqui”, lamentou.
Restou a Vellegas adquirir o crédito da cabine para um próximo navio, ainda sem data para ocorrer o evento. “Estou destruída por dentro. Eu não quero mais falar que estou em canto nenhum, só quero agora aparecer nos cantos e dizer ‘gente, eu tô aqui’. Não acredito que seja olho gordo, nem nada. É porque não era pra ser, passou batido, não me toquei e tá tudo bem”, finalizou.