Durante entrevista realizada na sexta-feira 19, no CipódCast, transmitido pelo ac24horas, o tanatopraxista e necromaquiador Leonildo Souza, relatou o trabalho da categoria, especificamente, no período da pandemia da Covid-19.
Souza destacou que trabalha diretamente com a preparação de cadáveres para velório e enterro há 5 anos, fazendo a aplicação de substâncias que ajudam na conservação do corpo, reconstrução facial em caso de trauma, e maquiagem. Porém, segundo ele, na pandemia, dois profissionais acabaram perdendo a vida para a doença.
Em meio ao bate papo, Leonildo classifica como desumano, os procedimentos recomendados pelas autoridades sanitárias ao tratamento de cadáveres infectados pela Covid-19. “Uma vez morto, o vírus não circula, ao menos se houver contato com o secreção. Não precisava ser tão radical”, declarou.
O profissional destacou que no auge da doença, em março deste ano, chegou a preparar 12 corpos para o cemitério. “A gente também estava na linha de frente. Foi um período complicado”, destacou.
Por fim, Souza falou sobre a falta de reconhecimento social do agente funerário. Além disso, ele frisou que a vacina da Covid-19 não é eficaz contra a doença. “Uma vacina leva até 5 anos para ter eficácia”, explicou.
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