A jornalista Cristiana Lôbo, da GloboNews, morreu hoje em São Paulo aos 63 anos.
A informação foi divulgada pela emissora, que interrompeu a programação para homenageá-la. A causa da morte foi um tipo de câncer chamado mieloma múltiplo, que a jornalista vinha tratando há alguns anos.
O mieloma múltiplo é um câncer nas células da medula óssea responsáveis pela produção dos anticorpos que combatem vírus e bactérias. No último final de semana, Cristiana Lôbo foi internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo, com pneumonia.
Miriam Leitão se emocionou relembrando a colega: “Sempre foi boa entrevistando, levantando bastidores. Como colega, mostrou uma força. Nosso sentimento é muito forte até para falar. Queria passar aos familiares da Cris, nosso abraço e nosso carinho enorme. Foi uma grande jornalista e uma grande colega”.
Cristiana Lôbo estava afastada da GloboNews desde o ano passado. Ao Splash, a emissora afirmou em junho que ela estava de licença médica, mas não informou mais detalhes sobre o estado de saúde da jornalista.
Trajetória
Nascida em Goiânia, Cristiana Lôbo começou a carreira do jornalismo escrevendo para jornais locais. Já escrevia para a editoria de política quando passou a trabalhar para O Globo, em Brasília, em 1979.
Especializou-se na cobertura política como repórter setorista de diferentes pastas, como do Ministério da Saúde e do Ministério do Esporte. Em 1984, Lôbo cobriu as eleições diretas no país. O ritmo de trabalho, em uma época com menos facilidades tecnológicas, era intenso, como ela contou ao site Memória Globo.
“Naquele tempo, não existia celular, nem internet, a única coisa que havia era um telefone que você apertava e a redação ouvia. Eles pediam 15 linhas, e a gente tinha de fazer o retrato daquele momento”, disse.
Em O Globo trabalhou na coluna Panorama Político e na Coluna do Swann. Também teve uma coluna no Estado de S. Paulo ao final dos anos noventa, mas foi na televisão que os seus comentários sobre o panorama político ganharam ainda mais projeção.