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Bolivianos furam pneus de carros que rompem bloqueio

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Raimari Cardoso

A situação começa a ficar mais tensa na cidade boliviana de Cobija, na fronteira com Brasiléia e Epitaciolândia em decorrência das manifestações contra a alta de preços da carne bovina e de produtos da cesta básica no país vizinho.


Um vídeo que circula na internet mostra o que seriam manifestantes portando tábuas com pregos nas extremidades furando pneus de carros que insistiram em trafegar pelas ruas da capital do departamento de Pando mesmo com os protestos.


Autoridades nacionais devem chegar a Cobija nesta sexta-feira (12) para discutir o assunto com os manifestantes, principalmente mototaxistas que estão no segundo dia de protestos, conforme relatado pelo jornal La Voz del Norte.


Os manifestantes iniciaram a medida de pressão na última quarta-feira (11) e fizeram uma trégua para se reunir, na tarde do mesmo dia, com a Câmara Municipal de Cobija, mas sem conseguir atendimento às suas demandas retomaram o movimento.


O preço da carne bovina no lado boliviano ficou bastante caro a partir do ano passado, segundo disse um dos mototaxistas que participam dos protestos, afirmando que atualmente um quilo de filé mignon está custando entre 45 e 48 bolivianos.


Outro manifestante afirmou que nenhuma autoridade conseguiu resolver o problema até o momento, pelo que o se viram obrigados a assumir a medida de pressão para se fazerem ouvir e obter resultados positivos para as suas reivindicações.


A medida, segundo os manifestantes, é a favor de toda a população. Casos excepcionais, como os de pessoas com alguma doença ou outras necessidades, podem passar pelos pontos de bloqueio sem problemas.


O secretário-geral do Sindicato do Terminal Rodoviário, Javier Huaichiguanto, informou, também ao jornal La Voz del Norte, que o bloqueio das rotas não será suspenso até que as autoridades respondam às reivindicações dos manifestantes.


Além das cabeceiras das pontes que ligam Cobija às cidades acreanas de Epitaciolândia e Brasiléia, os mototaxistas e representantes de outras entidades instalaram pontos de bloqueio nas principais estradas da capital pandina.


Contra a Lei 1.386

Na última segunda-feira (8), uma marcha cívica foi realizada em Cobija em desacordo com a Lei 1.386, também chamada de “ley madre”, e outras regulamentações promovidas pelo governo, que são consideradas inconstitucionais pela população. Os protestos ocorrem em todo o país.


As manifestações estão sendo marcadas por cenas de violência e repressão por forças do governo em várias cidades bolivianas. Um dos manifestantes apontou que a referida norma viola os direitos dos cidadãos e que pode se tornar um instrumento de repressão por parte do governo central.


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Raimari Cardoso

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