Servidores do quadro administrativo do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) de Cruzeiro do Sul fizeram um protesto em frente ao escritório do governador Gladson Cameli nesta terça-feira, 10.
Eles cobram a inclusão na Lei Orgânica do Instituto que foi enviada à Casa Civil e em seguida irá para a Procuradoria-Geral do Estado e para votação na Assembleia legislativa.
Deise Januário , que é Assistente Social, diz que o serviço do IAPEN não se resume à guarda de presos nos presídios, mas também conta com outros serviços, como o social e administrativo. “Nós não queremos atrapalhar nada, só queremos ser reconhecidos e valorizados. Nós somos concursados como nossos colegas policiais penais e fazemos nosso trabalho bem feito também”, relatou.
O sindicato dos Servidores Administrativos do IAPEN (Sindsai), a entidade que representa administradores, técnicos e auxiliares administrativos, contadores, engenheiros, especialista em execução penal, assistentes sociais, psicólogos e demais servidores, afirma que todas essas categorias estão sendo desrespeitadas, com a intenção de desmembrar/dividir o IAPEN.
“As autoridades do Estado do Acre, responsáveis pela elaboração da lei supracitada, decidiram excluir o sindicato dos Servidores Administrativos do Iapen e ignorar os pedidos de participação e ciência sobre o andamento do processo, negando a participação nas últimas reuniões e ignorando ofícios e outras formas de comunicação, deixando todos os servidores administrativos do Instituto “a ver navios” “às cegas”, sem saber de fato o que está sendo feito e decidido a respeito de sua instituição”.
Os servidores administrativos alegam que são os responsáveis pela criação e manutenção das pastas com o registro da vida de cada indivíduo preso, pelas oficinas de trabalhos; pelo planejamento e execução da educação prisional; pela assistência material, social, saúde física e psicológica.
“Sem nós, o sistema prisional se resume a homens presos e a outros vigiando . Nos desdobramos para, com quase nenhum recurso, e sem as condições adequadas fazer cumprir nosso trabalho nas unidades de execução penal. Não suportamos mais sermos ignorados e negligenciados por nossas autoridades”, diz um trecho da nota.