A greve da saúde deflagrada por profissionais da rede de atenção básica de Rio Branco que estão de braços cruzados desde às 7h da manhã desta segunda-feira, 8, foi um dos assuntos debatidos na sessão da Câmara de Rio Branco desta terça-feira (09).
Os profissionais estão concentrados na sede do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) enquanto aguardam uma contraproposta da prefeitura. Segundo a categoria, a mobilização foi decidida depois de meses de tentativas de negociação com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que, até o momento, não apresentou resposta para as demandas da classe.
O vereador Adailton Cruz (PSB) cobrou uma posição da prefeitura de Rio Branco e afirmou que a proposta da categoria já foi entregue há um bom tempo, mas a prefeitura não apresentou nenhuma contraproposta.
“Os médicos estão pedindo melhores condições de trabalho, redução de jornadas e incorporação das suas gratificações no piso que hoje é um dos menores do país. Como vamos chamar uma categoria para suspender a greve, sem apresentar uma proposta? As demais categorias estão à beira de parar e as perdas salariais são as mesmas. É preciso apresentar algo. O que não pode é pedir para suspender uma greve sem resposta. Deixo aqui o meu apoio aos profissionais”, afirmou Adailton Cruz.
“Nós temos médicos que recebem líquido quase R$ 6 mil e se a gente for analisar com outras capitais é muito inferior. Por mais que a prefeitura busque meios legais para eles trabalharem, muitos deles podem largar o cargo porque essa renda do município é inferior. Infelizmente, o prefeito não tem dado uma atenção para essa pauta que foi eleitoral dele e se não acharmos um mecanismo adequado quem vai sofrer é a população com a falta de atendimentos”, corroborou Emerson Jarude (MDB).
“Isso é injusto e a gente que ajudou a eleger a atual gestão temos a obrigação de fazer esse encaminhamento para rever isso, pelo menos uma equiparação. O município é pequeno e temos pouco médico”, acrescentou Lene Petecão (PSD).