O Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizaram durante dois dias (quinta e sexta, 4 e 5/11), o leilão das frequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Conhecidas como tecnologia 5G, essas frequências vão impulsionar as comunicações e permitir uma velocidade de internet 20 vezes mais rápida a partir de 2022.
A previsão é de que a nova tecnologia deve estar disponível em todas as capitais brasileiras até o dia 31 de julho de 2022.
Durante dois dias, os 42 lotes do leilão foram disputados por 15 empresas, de médio e grande porte, garantindo a ampla concorrência e transparência do projeto. Das faixas de radiofrequência disponíveis, 85% foram arrematadas com ofertas que somaram R$ 46,7 bilhões. Desse valor, mais de R$ 39,3 bilhões serão revertidos em investimentos para ampliar a infraestrutura de conectividade no Brasil. O valor econômico total excedeu em R$ 5 bilhões o preço mínimo estipulado pelo Governo Federal no edital da licitação.
As operadoras vencedoras do leilão ficarão responsáveis pelo aumento da cobertura de banda larga móvel, por sua implementação em localidades que ainda não tinham acesso à internet e pelo investimento em backhaul de fibra óptica, que é a infraestrutura de transporte de rede, além da instalação das antenas necessárias para operação do 5G.
Essas antenas chegam a ser quatro vezes menores em relação às antenas 4G, o que faz com que sua instalação seja simplificada. Além disso, por serem menores e mais leves, as antenas 5G consumirão menos energia, contribuindo para a existência de uma estrutura mais sustentável.
Na próxima semana, a Agência realizará sessão de conversão de ágio em obrigações. (ME)