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Bolsonaro pode ter desejo inconsciente por homossexuais, sugere psicanalista

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O CipódCast entrevistou na noite desse sábado, 6, o psicanalista, hipinólogo, membro da Academia Acreana de Letras e presidente da Associação Literária de Letras, Elizeu Melo. Durante a entrevista, ele comentou sobre preconceitos, mais especificamente a homofobia.


Para exemplificar, utilizou afirmações do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a dizer que se tivesse um filho gay seria um desastre e que preferia que o filho morresse. Para Melo a cultura mais contra a homossexualidade, que mais faz questão de enfatizar esse ódio, raiva contra o homossexual, é a cultura cristã. “Isso vem da própria igreja que passou esse ensinamento, da idade média fortalecendo isso. Existe um fator moral, onde fomos ensinados assim, que o homem tem que ser homem. E existe o desejo inconsciente do sujeito, que pode ter sentimentos e ter medo de lidar com esses sentimentos”, afirmou.

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O psicanalista aponta que para mascarar esse sentimentos, o homem precisa provar de alguma forma que ele é macho. “Não necessariamente todo homofóbico tem esse desejo, mas boa parte tem. Em toda a história sempre teve homossexuais. Em algumas culturas era mais aberto e outras mais fechadas”, destacou


Segundo ele, geralmente essas pessoas têm um complexo de inferioridade e elas precisam, de certa forma, mostrar que é melhor do que alguém, que é superior, precisa se afirmar. “Essa questão não tem idade. Ela pode ter uma idade biológica, mas ter uma idade mental infantil ainda, que não conseguiu entender ‘quem somos nós pra julgar nosso semelhante?’. Mas é muito mais fácil eu julgar o outro do que olhar pra mim”, salientou.


Melo afirma que a maioria dessa pessoas que julgam os homofóbicos têm dificuldade de fazer análise. “Porque a análise vai trabalhar isso. Vai ter o momento en que ele vai ter que se encarar. Quando você vê alguém que prega muito contra algo, em muitos casos, ou ele tem o desejo de praticar aquilo ou já consome, pratica aquilo. Já trabalhei com pastores que na igreja era o “santo”, condenava os gays e meretrizes, e à noite ele tava consumido o produto. Mas a pessoa precisa criticar porque quando ela critica, mantém aquele objeto distante”, encerrou.


 


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