A 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco adiou o julgamento de Aureliano Pascoal Duarte Pinheiro Neto, acusado de homicídio contra Agilson Firmino dos Santos, mais conhecido como Baiano, que estava marcado para ocorrer nesta terça-feira (26).
De acordo com informações, o processo foi retirado de pauta sob a justificativa de que um dos advogados do réu está doente e o outro, que é deputado estadual, renunciou ao caso.
Aureliano é primo do ex-coronel da Polícia Militar do Acre (PMAC), Hildebrando Pascoal, condenado a 18 anos de prisão pelo assassinato de Agilson Firmino, no caso que ficou conhecido como “crime da motosserra”, ocorrido em 1996.
Na época dos fatos, Aureliano era comandante da PMAC e chegou a ser julgado em 2009, mas foi absolvido. Porém, em 2015, a Câmara Criminal acolheu o pedido do Ministério Público do Acre e decidiu realizar um novo julgamento.
Na época, Baiano – como era conhecido Agilson – havia se mudado com a família da Bahia (de onde eram naturais) para o Estado do Acre, onde abriram um restaurante de comidas típicas nordestinas. Foi onde ele conheceu José Hugo, o homem que matou com um tiro o irmão de Hildebrando, Itamar Pascoal, em 30 de junho de 1996.
Desde a morte de Itamar, Hildebrando, que ocupava o Comando da PMAC na época, iniciou uma caçada para encontrar o autor do crime. Baiano foi perseguido após presenciar a morte do irmão de Pascoal e, conforme consta no processo, foi torturado até morrer, tendo seus membros amputados com uma motosserra e os olhos perfurados. O filho de Baiano, de 13 anos, teve o corpo queimado com ácido, além de ter sido alvejado com disparos de arma de fogo.
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