Após a justiça determinar que a Polícia Militar deveria realizar a reintegração de do aluno soldado Reginaldo Ribeiro, no Curso de Formação da Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC), ele voltou a desistir do curso, mas, desta vez, por livre e espontânea vontade. O decreto deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) nos próximos dias.
Ribeiro, que já havia assinado um termo de desligamento do curso, após, segundo ele, ter sido obrigado pelos policiais militares, obteve decisão favorável na ação de tutela provisória de urgência, para que o ato administrativo fosse declarado ilegal. A decisão foi assinada pela juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Isabelle Sacramento, e acatada pelo Comando da Polícia Militar.
A reportagem do ac24horas conversou com Ribeiro na noite de domingo, 17. Na ocasião, ele explicou que a desistência ocorreu normalmente, sem excessos por parte da PM. “Eu estava saindo às 1h30 da madrugada e tendo que estar lá às 6:15 da manhã”, declarou.
Ribeiro assumiu que não tem perfil para suportar a pressão psicológica e física do curso. “É muito sugado e eu não tenho perfil para suportar esse jogo, são 9 meses nessa ralação e eu desisti de novo. Na primeira vez, realmente os excessos foram demais, mas agora por último foi mais por não ter perfil físico. Eu não estou em condições de participar e então pedi para sair”, argumentou.
No primeiro ato de desistência, o aluno destacou que, no período da tarde, em meio ao sol quente, somente ele teve que ficar sem a chamada ‘cobertura’ da cabeça, conhecida por gorro, por conta de uma ordem de um sargento responsável pelo 2° pelotão da primeira companhia do CFSD 2021.
No processo, Reginaldo relata que foi coagido a assinar o termo de desistência do curso, mediante violência e grave ameaça, bem como, alega que estava desorientado, vomitando e chorando, sem conseguir se movimentar e sem ter sido socorrido por atendimento médico.