O ativista político Carlos Gomes, ex-dirigente da Rede Sustentabilidade e candidato derrotado à Prefeitura de Rio Branco nas eleições de 2016, em 2018 para deputado federal e em 2020 para vereador, é acusado de ter espancado a ex-apresentadora de TV, Michelle Queiroz, mulher trans, na madrugada do último sábado, 01, no Mercado do Bosque, em Rio Branco.
Ao ac24horas, Michelle Queiroz, afirmou que chegou ao Mercado do Bosque para encontrar os amigos e que antes de se sentar à mesa, foi ao banheiro e quando voltou viu o local muito cheio, momento em que ela decidiu ir para casa. Em seguida, caminhando para fora do mercado, ela revelou que ao passar por Carlos Gomes, foi cuspida pelo ativista político.
“Eu fui vítima de uma violência gratuita desse rapaz. Ele me cuspiu e eu fui tirar satisfação com ele por conta da cuspida, mas na mesma hora ele já foi revidando, com chute na barriga. Eu perguntei porque ele fez isso, e ele simplesmente veio com agressão, agressão, tentando me bater e eu não entendi os motivos dele de tanta agressão e raiva eu só não fiquei mais machucada, porque as pessoas não deixaram. Até que ele conseguiu me derrubar no chão e ele me chutou na barriga e eu estava indefesa e em seguida saiu correndo do mercado como um covarde”, afirmou.
Em outro trecho, Michelle afirmou que registrou um Boletim de Ocorrência (BO) e que realizou um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) contra Carlos Gomes. “Ele estava transtornado e fora de si e eu só não fiquei mais machucada porque as pessoas não deixaram. Transfobia e misoginia pura, a versão feminino. Foi ridículo”, relatou.
Em uma nota enviada ao ac24horas, Carlos Gomes, admitiu a briga no Mercado do Bosque.
“Sobre os questionamentos do caso em que ocorreu no final de semana em que fui envolvido, esclareço que, de fato, houve uma confusão no Mercado do Bosque, levei um tapa dessa pessoa enquanto passava pelo local. Retornei para questionar o motivo, houve um princípio de confusão. Me retirei do Mercado do Bosque. Registrei um boletim de ocorrência e estou com o advogado acompanhando o caso. Não me omiti e nem fugi das responsabilidades dos meus atos, registrei um boletim de ocorrência sobre o fato e já fui ouvido pela Polícia. Sem mais, reafirmo meu total repúdio a quaisquer formas de discriminação a orientação sexual e identidade de gênero. Mas respeito deve ser obrigação de todos e todas uma para com os outros”, escreveu.
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