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Os nomes que rolam nos bastidores

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

ATÉ AQUI são apenas ilações. O governador Gladson Cameli mantém a sua tática de ficar bem com todos, chegando até incentivar os pretendentes, mas de forma oficial ainda não se pronunciou. Mas, nos bastidores se sabe que quatro nomes são os mais citados para vice na sua chapa. O do seu amigo mais próximo, o secretário Alysson Bestene, a quem chama carinhosamente de “meu leitãozinho”, e com quem tem as conversas mais reservadas. 


Tem o nome da secretária Socorro Neri, que passou a fazer parte do seu círculo de amizade mais restrito; que apoiou para a PMRB, cujo nome vez por outra é ventilado nos bastidores. 


Tem o deputado federal Flaviano Melo (MDB) que, seria uma exigência partidária dos que orbitam no seu entorno. 


Ventila-se ainda que, a senadora Mailza Gomes (PP), poderia abrir mão de disputar o Senado pela indicação de vice. É um dilema para o governador Gladson Cameli. Pagou caro por aceitar injunção partidária na escolha do seu vice, com o qual passou a gestão em meio às turras. 


Vice é como escolher a mulher para se casar; se for uma escolha acertada se vive no paraíso. Se errar, é quatro anos de inferno. Este é o dilema do governador Gladson Cameli.


REGRAS MAIS DURAS PARA 2022


NA ELEIÇÃO do próximo ano ou se tem voto ou fica de fora. Acabou a mamata das coligações proporcionais. De candidato com meia dúzia de votos se eleger deputado. Começando que agora, cada partido só vai poder lançar 25 candidatos a deputado estadual. Para as sobras, o partido terá que ter no mínimo 80% do quociente eleitoral. E o candidato terá que obter 20% dos votos do quociente. Numa conta básica. O quociente para a ALEAC deve ser em torno de 15 mil votos. O partido terá que alcançar 12 mil votos (estamos falando de sobras). E, o candidato 3 mil votos. Se não chegar a estes números não entra na disputa. As regras ficaram mais duras com a nova lei. Ninguém se elegerá com menos de 3 mil votos em 2022.


OUTRA MUDANÇA


UMA OUTRA mudança importante é que, cada partido só poderá lançar para deputado federal nove candidatos, para disputar as oito vagas. O quociente deve ser em torno de 53 mil votos.  Cada candidato para ter chance tem de no mínimo chegar a 10.600 votos. Se a regra tivesse valendo em 2018, por exemplo, o Jesus Sérgio não seria deputado federal e nem o Pastor Manoel Marcos.


ELEIÇÃO NÃO É CIÊNCIA EXATA


É UMA ROUBADA se dizer que um candidato ao governo é favorito faltando um ano para a eleição. Poderia dar vários exemplos de que a coisa não funciona assim. Vamos nos restringir à última eleição para prefeito da capital. O Minoru Kinpara era apontado como amplo favorito no início da campanha. Depois, o favoritismo passou para a candidata Socorro Neri, vista como vencedora no primeiro turno. O Tião Bocalom era tido como carta fora do baralho, e só não venceu no primeiro turno por pouco. E, no segundo turno foi eleito com folgada votação. Portanto, senhores otimistas, cautela, muita cautela.


OUTRA TOLICE


UMA OUTRA tolice política é imaginar que, o apoio de prefeitos a um candidato ao governo, é garantia de eleição. Primeiro, que ninguém é dono dos votos; e, transferir votos é o capítulo mais difícil de uma eleição.


NÃO É DEMAIS


PODE ATÉ não acontecer o quadro; eleição não é ciência exata, mas não é fora do esquadro se imaginar que, pelo potencial de ambos, Gladson Petecão (PSD) e Gladson Cameli (PP) têm chance de estar no segundo turno.


OU ALGUÉM IMAGINA?


OU ALGUÉM pode imaginar que, num cenário com Gladson Cameli, Sérgio Petecão, Jenilson Leite, Mara Rocha, Nilson Euclides e David Hall, não teremos segundo turno na eleição para o governo?


CURIOSO PARA VER


ESTOU muito curioso para ver como ficará a situação regional da fusão PSL-DEM no estado, se o partido levar avante a decisão de ter candidato próprio a presidente. A cúpula local do DEM e PSL é bolsonarista.


ATUANDO TARDE


A COLETA de maquinário agrícola do governo que estava servindo produtores rurais privilegiados, deveria ter acontecido no início da gestão; e não depois de dois anos de administração. O atual governo terá apenas um verão até o fim do mandato, para coletivizar a ação destas máquinas. Mas, antes tarde do que nunca, neste caso.


BOM TRABALHO


MAS, deve-se dar crédito ao trabalho do secretário de Agricultura, Nenê Junqueira, pena que tenha assumido o cargo com o trem agrícola do estado já fora dos trilhos.


CONTAS DO GOVERNO


NAS CONTAS do governo os prefeitos petistas Jerry (Assis Brasil), Fernanda Hassem (Brasiléia) e Isaac Lima (Mâncio Lima), vão apoiar a reeleição do Gladson. A saber se estas contas estão certas, ou será apenas uma conta mal feita.


COM SAUDADES


UMA ENXURRADA de ex-deputados estará disputando a eleição de 2022, de olho espichado em voltar para a ALEAC. São eles: Heitor Junior, Lourival Marques, Jairo Carvalho, Nelson Sales, Leila Galvão, Gilberto Diniz, Jamyl Asfury e Tarcísio Pinheiro. Nomes para todos os gostos.


É ENXUGAR GELO


CONTINUA a enxurrada de críticas contra o péssimo atendimento do sistema de transportes coletivos à população. Ou o prefeito Bocalom coloca as coisas nos eixos, ou pode fixar até em 2 reais a passagem, que não conseguirá sair deste vendaval de críticas que hoje sofre.


NÃO PODIA DAR CERTO


O PROBLEMA do prefeito Bocalom é que no início da gestão era para ter montado uma base de apoio na Câmara Municipal; ter divulgado melhor as suas ações (que pouca gente tem conhecimento), mas se fechou no seu mundo. O resultado negativo nas pesquisas é fruto desse seu modo centralizador de conduzir a PMRB.


NÃO É O SUFICIENTE


QUE O PREFEITO Tião Bocalom é um cidadão honesto, acima de qualquer suspeita, que não se espere dele bandalheiras na sua gestão, é verdade; mas este tipo de virtude por si só não é o suficiente para alavancar uma popularidade. Tem que interagir com a população.


NÃO APOSTARAM NO NOVO


BASTA dar uma olhada nos nomes divulgados até aqui como futuros candidatos pelo PT, para ser ver que são velhos conhecidos; e, que o partido não investiu com vigor no aparecimento de novas lideranças partidárias.


ATÉ AQUI NÃO DEU CERTO


COLAR o nome do presidente Jair Bolsonaro para alavancar candidatura majoritária no estado, até aqui não deu certo. Basta ver as candidaturas do Coronel Ulysses Araújo para o governo e do deputado Roberto Duarte para a PMRB. Bolsonaro ganhou bem no Acre, mas ambos tiveram votações baixíssimas. E, não deu certo quando o Bolsonaro era novidade; quanto mais agora desgastado.


FRASE MARCANTE


“Nós temos cabeça pela mesma razão que o prego: para não ir longe demais”. (ditado norte-americano)


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Luis Carlos Moreira Jorge

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