Com a voz embargada, o vereador Célio Gadelha (MDB) usou a Tribuna da Câmara de Vereadores de Rio Branco nesta quinta-feira, 30, para comentar a decisão do juiz de direito, Gilberto Matos de Araujo, da Justiça Eleitoral da 1ª instância, que julgou procedente a ação que pede a cassação do seu mandato por abuso de poder econômico.
Gadelha afirmou que respeita a decisão da justiça, mas salientou que se encontra com a consciência tranquila e que recorrerá da decisão do magistrado. Ele negou qualquer crime em sua reeleição e destacou que acredita na justiça de Deus.
“Eu respeito a decisão do juiz, mas senhores, tenho a consciência tranquila. Não cometi nenhum crime e jamais cometi esse crime. A população sabe da minha índole e da maneira que eu trabalho como vereador, mas isso é só mais um obstáculo na minha vida. Ganhei esse mandato nas urnas e vocês sabem a dificuldade, não foi comprando voto e não foi como dizem por abuso de poder econômico, foi conquista. Quem me concedeu esse mandato foi Deus”, afirmou.
A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que acusa o vereador de ter se beneficiado da prática de abuso de poder econômico e corrupção eleitoral nas eleições de 2020.
Na decisão, o magistrado também declarou a nulidade dos votos de Célio Gadelha, devendo ser feito o recálculo do quociente eleitoral e determinou a inelegibilidade do parlamentar por oito anos.