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Estudantes do Acre emitem nota contra presença de ministro da educação na Ufac

Entrada da Ufac - Foto: Sérgio Vale

Os estudantes do curso de bacharelado em psicologia e representantes do Centro Acadêmico de Psicologia Ângela Haddad (CAPAH) da Universidade Federal do Acre (Ufac) emitiram uma nota nesta quarta-feira, 29, demonstrando posicionamento contrário à visita do ministro da Educação, Milton Ribeiro, para inauguração do Serviço-Escola de Psicologia (SERPSI), em Rio Branco.


Na nota, os estudantes afirmam que o SERPSI, como uma das possibilidades de campo de estágio, e outras atividades, não só do curso, mas de toda a Universidade, estão comprometidos por falta de investimento.


“Atividades como ensino, uma de nossas potências em relação ao processo de educação de pessoas que entram na Universidade; a extensão, uma das formas pelas quais podemos oferecer à comunidade ações de melhoria de vida; e a pesquisa, parte necessária para a produção e atualização de conhecimentos que já temos”, afirmou.


“Essas são algumas de nossas dificuldades no momento, mas não todas. E a partir destas questões, se torna necessário evidenciar que a Psicologia, enquanto ciência e profissão, não deve, e nem pode, se alinhar com o sucateamento das Universidades. Nossa máxima foi sempre defender os direitos constitucionais da população, como saúde, moradia, empregabilidade e educação, assim como uma Universidade pública e de qualidade”, acrescentou.


Em outro trecho, os estudantes e representantes do CAPAH declaram posicionamento contrário não apenas à visita do ministro da Educação, mas também contra o projeto de desmonte das políticas de educação.


“A Universidade não deve ser privilégio de poucos, ela é uma necessidade da comunidade, a comunidade que necessita de desenvolvimento de políticas de educação, eficazes para que não caiamos em vislumbres oportunistas, que, a cada dia mais, se materializam por meio de discursos vazios e falsas promessas. A negação da ciência acarreta muitos danos à sociedade, exemplo prático é a pandemia da COVID-19 no Brasil, país esse que ainda possui um dos maiores números de morte, por falta de comprometimento com a ciência e a saúde pública, esse descaso materializado por meio deste (des)governo”, escreveu.


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