Weriton Roque, morador do bairro Edilo Rodrigues, em Senador Guiomard, saiu para assistir uma sessão na Câmara de Vereadores e diz quase ter sido agredido nesta quarta-feira (22). Tudo começou quando ele resolveu gravar um vídeo para desabafar sobre as condições que se encontra a Câmara Municipal de vereadores da região.
Segundo ele, um dos problemas no parlamento está relacionado à caixa de som, que transmite o áudio da sessão plenária, que está danificada e impede que os moradores ouçam o que é discutido entre os parlamentares. Além disso, o morador que também é servidor público, alega o ‘caos’ no Poder Legislativo municipal.
Roque aponta que nem água para as pessoas que desejam assistir a sessão é disponibilizado. “Aqui, a irresponsabilidade é tão grande que nem o som para ouvir a sessão a gente consegue ouvir lá, porque a única caixa que tem não está funcionando. O descaso chega a ser tão grande que você olha e o bebedouro não tem água. Não tem uma cortina para dar viabilidade aos vereadores”, declarou.
No entanto, as críticas feitas pelo morador não ficaram sem resposta. O presidente do parlamento, vereador Magildo Lima (Progressistas) saiu do plenário e resolveu responder o cidadão. Magildo disse que Weriton não tem moral para criticar o parlamento. “Sempre está aqui e não está trabalhando, me diga qual a moral até tu tens para cobrar alguma coisa que aconteceu por conta do som, e está ali o bebedouro, não está com o galão d’água, mas ali está funcionando vai lá, agora fala de ti mesmo”, respondeu e, em seguida, saiu do local.
Procurado pela reportagem do ac24horas, o morador Weriton Roque, relatou que após as suas críticas, por pouco não chegou a ser agredido por um funcionário do local, porém, antes de chegar a uma possível agressão física, o servidor foi contido por Magildo Lima. “Eu fico triste porque ali é a casa do povo, eu fico a me perguntar se uma outra pessoa que for gravar um vídeo terá o mesmo tratamento. Em relação ao som, ele tem problema desde o início da atual legislatura”, comentou.
Roque finalizou dizendo que Magildo alega ter feito uma economia de R$ 300 mil reais, porém, não usou para fazer as adequações na Câmara.
Já o presidente da casa, vereador Magildo Lima contou que Roque é acostumado a ir ao parlamento fazer baderna. “Por isso eu fui até lá e falei aquela situação com ele, mas assim, pela situação que ele é funcionário [ posto de saúde]. Dificilmente ele vai para trabalhar e em dias de sessões ele está lá fazendo esses tumultos”, explicou.
Em relação a supostas agressões relatados por Roque, Magildo confirmou que o morador havia discutido com um funcionário da Câmara. “Eu fui lá acalmar os ânimos. Eu entrei na pauta porque ele queria que não tivesse sessão por conta da caixa de som externa não está funcionando, mas a interna estava. O som acontece de dá problema e não dá tempo de arrumar. Nós tínhamos que fazer sessão por conta de alguns projetos que nós tínhamos que colocar em pauta”.
Sobre as reclamações da falta de água no Poder Municipal, Lima disse que é inverídico, haja vista que, o bebedouro citado está desativado. “Ele sabe que nós não usamos aquele e sim o do corredor. Foi a hora que eu falei qual a moral que ele tinha, porque como servidor ele tinha que está no local de trabalho e sempre em sessão ele vai lá para fazer tumulto. Como cidadão, todos têm direito de fazer suas reivindicações”, concluiu.