O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes – DNIT anunciou que por meio de procedimento administrativo, deverá apurar a responsabilidade da empresa responsável pelo trecho da BR-364 entre Feijó e Sena Madureira. O motivo é o dano já causado pelo atraso no cronograma do trabalho.
Sem citar o nome da empresa, o DNIT afirma que a construtora, mesmo após ter sido acionada várias vezes, tem se negado a garantir o devido desempenho estabelecido no plano de trabalho.
“A empresa foi várias vezes acionada para retomada dos serviços e adequação do ritmo de obra, sendo alertada das consequências dos mesmos não ocorrerem de acordo com o cronograma previamente acordado, aproveitando a janela climática da região”.
O órgão destaca ainda que a alegada solicitação de correção dos valores de insumos não foi negada pelo Departamento, mas ressalta que as análises de pedidos de ajustes só podem ser processadas após a devida entrega dos serviços contratados, seguindo a legislação em vigor e os normativos técnicos da autarquia – praticados nacionalmente.
O Departamento cita também que já atua na elaboração de novos contratos para garantir a trafegabilidade da rodovia no período chuvoso, bem como para melhoria da condição geral de serviço , incluindo soluções para as erosões e reconstrução de trechos críticos impactados por características do solo da região.
“Com o objetivo de adequar a estrada às reais necessidades, o DNIT trabalha nos projetos de reconstrução e restauração dos trechos críticos da BR-364/AC, a serem elaborados até 2022. Em razão dos futuros trabalhos de restauração da rodovia apresentarem previsão de soluções mais complexas e valores elevados, o DNIT intensificará as providências para garantir as condições de trafegabilidade da BR-364/AC, mesmo antes da viabilização desses serviços mais estruturais”, traz a nota.
Em audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa na terça-feira, 21, para tratar sobre a BR-364, o empresário Jarbas Soster, que representa a empresa MSM Industrial Ltda, disse que há um desequilíbrio nos contratos puxado pelo alto preço dos insumos.
“Esses contratos não contemplam os serviços integralmente. Nós estamos debatendo com o Dnit a questão dos preços, e aumento de até 500% dos insumos, como por exemplo o cimento que teve aumento de 100% e o diesel que dobrou”, pontuou.
Atuam na BR-364 a empresa MSM, a Lima e Pinheiro, ambas do Acre e a Andrade e Vicente, de Rondônia, além do 7° Batalhão de Engenharia e Construção- 7º BEC. A distribuição dos lotes é a seguinte: Lote 02 MSM (AC); Lote 03 BEC (Exército); Lote 04 MSM (AC); Lote 05 MSM (AC); Lote 06 Lima e Pinheiro (AC); Lote 07 Lima e Pinheiro (AC) e Lote 08 Andrade e Vicente (RO).