O governador Gladson Cameli (Progressistas) em uma tentativa de agradar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não endossou a carta divulgada por governadores de 20 estados que negam aumentos no ICMS apontados pelo presidente Jair Bolsonaro que, segundo ele, seria o maior responsável pela alta dos preços dos combustíveis. A carta foi divulgada nesta segunda-feira, 20.
Quando questionado sobre a elevação do preço do preço da gasolina, Bolsonaro, tem colocado a culpa no ICMS, mas em alguns estados da federação, o ICMS não sofre reajuste há mais de 15 anos. No Acre, o ICMS sobre a gasolina não é aumentado desde 2002.
Em alguns locais, o litro da gasolina já chega a custar 7 reais o litro, inclusive no Acre, o botijão de gás está acima de R$ 110.
“Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver o problema”, diz a carta dos governadores.
Ao ac24horas, políticos da oposição afirmam que a decisão de Cameli em não assinar a carta endossa a narrativa de Bolsonaro, que coloca a culpa do alto preço dos combustíveis no país no ICMS e que poderá ter reflexos nas eleições de 2022.
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