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Mulher acusa Arnaldo Barros de enganar dependentes com clínica

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Jane Souza publicou em sua página no Facebook nessa terça-feira, 7, que a clínica Geração Eleita, do pastor e vereador Arnaldo Barros, não oferece tratamento adequado para os que buscam reabilitação da dependência química.


A crítica de Jane é baseada em uma familiar que buscou ajuda junto ao vereador no último domingo, dia 5. No entanto, segundo ela, Barros teria cobrado R$ 300 reais e mais um sacolão para realizar a internação de um jovem que sofre como dependente químico e constantes ameaças de morte.

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A mulher relata que o rapaz, ao chegar no local, foi vítima de grande humilhação por parte dos funcionários do vereador. De acordo com ela, o rapaz teve de jantar ovos, pois não havia carne para os internos.


A internauta alegou que o familiar, revoltado com a situação, decidiu abandonar a clínica. Ocorre que o coordenador da clínica, identificado por Adaílson Figueiredo, teria se negado a devolver o sacolão e o dinheiro pago pela internação. “Estamos falando de pessoas humildes, Arnaldo Barros, vergonha para a população”, escreveu.


Segundo ela, a ajuda que o pastor oferece não é verdadeira, mas apenas midiática. “Esse apoio que ele diz que dá aos viciados é uma verdadeira farsa”, alegou.


A reportagem entrou em contato com Jane Souza, que permitiu que falássemos com a denunciante, mas, a mãe do internado se negou a revelar a identidade dela e do filho. “Buscamos ajuda do Arnaldo porque meu filho e eu somos ameaçados de morte pela facção criminosa. Por isso, internei meu filho para ver se ele se livrava do crime”, desabafou.


A denunciante foi além e disse que os “viciados” só conseguem se livrar do vício com ajuda médica profissional. “Lá não tem psicólogo, terapeuta, não tem nada, só trabalho e humilhação. Assim eles não se salvam. O que ele passa é que lá existe tratamento, mas, na prática, não existe nada”, ressaltou.


O outro lado

Em contato com o vereador e pastor Arnaldo Barros, ele informou ao ac24horas que a denúncia contada por Jane é inverídica. O pastor alegou ter o documento que comprova que a pessoa responsável por internar o jovem assinou o comprovante de devolução do dinheiro. “Primeiro começou com mentira. A gente já devolveu o valor, temos documento assinado comprovando a devolução. O documento está assinado por quem trouxe ele, o senhor Francisco Carlos de Souza”, argumentou.


Arnaldo explicou que a questão da não devolução do recurso entregue ao centro de recuperação está explícita no regimento interno do local. “Lá diz que não é devolvido. A gente explicou direitinho a situação a eles”, alegou.


Por fim, Barros rebateu a declaração de que no centro não há tratamento. Segundo ele, no local existem profissionais capacitados para o atendimento dos internos e de forma gratuita. “O psicólogo de lá não cobra. Eu pago R$ 6 mil para manter o local. As famílias dos internos apenas ajudam a manter a água, comida e carne. Quem mantém tudo no geral é nós”, ressaltou.


Após Barros mostrar documento comprovando a devolução do dinheiro ao responsável, Jane Souza manteve as acusações ao pastor. De acordo com ela, o pagamento só foi efetuado nesta quarta-feira, 8, devido à denúncia ter repercutido. “Até ontem ainda não tinha sido pago, eu trabalhei para ele, e não ganhei nada. Só ajudei a família porque são carentes”.


Jane, inclusive, voltou a criticar o centro de recuperação. Para ela, o local só tem propaganda, mas pouca ação efetiva. “Lá não tem nenhum profissional médico. Eles são levados ao local, todos os relatos dizem a mesma coisa: não existe tratamento adequado”.

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