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Arma e R$ 100 mil apreendidos pela PF estavam com vereador

Por
Sandra Assunção

Os mais de R$ 100 mil e uma arma de fogo que foram apreendidos pela Polícia Federal nessa terça-feira, 7, estavam na casa do vereador de Cruzeiro do Sul, Márcio da Farinha (PSDB). A apreensão ocorreu durante a Operação Castelo de Areia, desencadeada também nas cidades de Marechal Thaumaturgo e Rio Branco.


Um cordão de ouro com pingente de estrela, visto em fotos do vereador nas redes sociais, também foi apreendido.


Márcio da Farinha, eleito em novembro do ano passado com 937 votos, é o parlamentar de Cruzeiro do Sul com maior patrimônio declarado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no valor de pouco mais de meio milhão de reais, R$ 535 mil.


Ele é revendedor de farinha de mandioca e declarou  ter  terrenos e prédio. O valor gasto na campanha de vereador, que consta no TRE, foi de R$ 24 mil.  O parlamentar não foi o único político alvo da Polícia Federal na Operação deste 7 de setembro.


Em Marechal Thaumaturgo, a PF esteve na residência do vice-prefeito do município, Valdélio Furtado (PP). Ele foi eleito em 2016 e em  2020 como vice de Isaac Piyãko (PSD). Os crimes investigados são de fraude à licitação, desvios de recursos, lavagem de dinheiro, organização criminosa e estelionato previdenciário no município de Marechal Thaumaturgo.


Segundo a Polícia Federal, de 2017 a 2020, no primeiro e segundo mandatos de Piyãko e Valdelio, empresas de fachada  ganharam  certames por meio de fraude à licitação, com objetivo de lavar dinheiro proveniente do desvio de recursos públicos, ocultando a verdadeira identidade dos sócios e causando prejuízo de mais de R$ 6 milhões  ao município de Marechal Thaumaturgo.


Foram contratadas  empresas que, embora legalmente constituídas, não contam com estrutura física,  logística e nenhum funcionário, para implementar obras no município.


Empresários, servidores públicos e laranjas, utilizavam a construtora e outras duas empresas, para direcionar licitantes vencedores através de fraude na entrega dos documentos, promovendo uma espécie de rateio das contratações entre as empresas participantes.


Segundo as apurações, só no ano de 2020, foi pago o total de R$ 1.646.918,15 (um milhão seiscentos e quarenta e seis mil novecentos e dezoito reais e quinze centavos) a empresa que não possuía sede, um único funcionário registrado e cuja sócia administradora além de receber Auxílio emergencial em razão do COVID-19, é beneficiária do Programa Bolsa Família do governo federal.


A PF também foi à residências e escritórios de empresários do setor de construção civil em Cruzeiro do Sul  e Marechal Thaumaturgo e Porto Walter.  Ainda não há informações se a polícia esteve na residência do prefeito Isaac Piyãko, que está em viagem para o Rio Breu.


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Sandra Assunção

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