O governador Gladson Cameli (Progressistas) resolveu comentar na manhã desta segunda-feira, 30, as denúncias de crime político-administrativo supostamente cometido pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, também do PP. De acordo com o chefe do executivo acreano, o prefeito não cometeu nenhum crime para que possa ser levado a um possível impeachment. Segundo ele, a situação compromete a democracia. “O que esse homem fez para estarem fazendo isso com ele?”, argumentou.
Indagado se o problema enfrentado por Bocalom pode estar relacionado à falta de distribuição de cargos na administração pública com os parlamentares da base da Câmara Municipal de Rio Branco, Gladson preferiu não comentar.
Para Cameli, o Poder Executivo deve estar em harmonia com o Poder Legislativo. “Defendo a união dos poderes para o bem da população”, comentou. A Procuradoria Geral da Câmara de Vereadores de Rio Branco emitiu na última quinta-feira, 26, um parecer apontando que a denúncia protocolada pela advogada Joana D’arc Valente Santana contra o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, por suposto crime político-administrativo, atende aos requisitos formais.
Caso aprovado, a Câmara formará uma comissão especial que será responsável pela investigação da denúncia. Cabe a eles julgar se a denúncia se confirma, ou seja, se houve infração político-administrativa.
No documento protocolado na Câmara, a advogada afirma que o prefeito cometeu infrações político-administrativas, em face do descumprimentos do incisos VII e X do artigo 4º e no Inciso IX: artigo 59 e se parágrafo único: nos incisos VII e X do artigo 4º e no inciso I do artigo 5º do Decreto Lei º 201 de 27 de fevereiro de 1967.
O pedido ocorreu após o prefeito exonerar a corregedora-geral, Janice Lima, após ela não seguir uma orientação da Procuradoria Geral do Município (PGM) em não abrir uma investigação contra Frank Lima.