O custo de vida dos acreanos que moram em Rio Branco tem elevado nos últimos meses. Na capital acreana, a média é que esse custo seja 33,7% mais alto que Curitiba e 19% mais caro que o de São Paulo. Os dados foram divulgados pela plataforma Custo de Vida.
De acordo com as informações, na Amazônia, Rio Branco só perde para o de Macapá, que tem sido13,2% mais custosa que a capital do Acre.
O trabalhador acreano que ganha um salário mínimo sofre para chegar ao fim do mês com ao menos a cesta básica assegurada para a família. Para fazer uma refeição simples antes de sair de casa pela manhã, o trabalhador do Acre paga R$ 9,50 pelo quilo do pãozinho francês e R$ 5 pelo litro de leite.
O trabalhador de São Paulo compra esses mesmos produtos por R$ 3,63 (litro de leite) e R$ 9,14 (pão francês).
Um sacolão com cerca de 15 itens custa média de R$ 80,00. Levando em conta os dados relativos a Porto Alegre na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos produzida pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas (Dieese) é possível sugerir que o custo da cesta básica para uma família de quatro pessoas durante um mês consome quase a metade do salário mínimo, hoje em R$ 1.100,00.
Segundo o Dieese, Porto Alegre tem a cesta básica mais cara das capitais pesquisadas, e o custo de vida é 10,9% inferior ao de Rio Branco. A capital do Acre não é pesquisada pelo Dieese.
Em geral, as capitais pesquisadas registram que a cesta básica consome acima de 46% do salário mínimo.
Usando o valor da cesta básica de Porto Alegre, por exemplo, o Dieese calcula que, para alimentar uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, o salário mínimo do país deveria ser de R$ 5.518, mais de cinco vezes o valor atual.