O endividamento dos consumidores cresceu nos primeiros oito meses de 2021, e a proporção de famílias com dívidas alcançou novo recorde histórico de 72,9% em agosto, como mostram os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Entre os Estados brasileiros, o endividamento em agosto mostra características peculiares, associadas aos impactos da crise sanitária na economia. No Acre, por exemplo, 93,7% das famílias estão endividadas, a maior proporção entre todos os Estados. “No entanto, o rendimento mensal per capita das famílias acreanas é o 10º menor do país, cerca de R$ 917,00, abaixo de um salário mínimo nacional e da média brasileira de R$ 1.380,00, segundo dados de 2020 do IBGE”, diz a Confederação Nacional do Comércio, autora da pesquisa.
O aumento na contratação de dívidas pelos consumidores começou a acirrar ainda no último trimestre do ano passado e segue com forte tendência positiva, ou de crescimento, nos meses recentes.
As fragilidades no mercado de trabalho formal e o avanço no setor informal, com elevado nível de desocupação, e a inflação elevada estão contribuindo para a maior contratação de dívidas pelas famílias. Outros fatores como as taxas de juros ainda relativamente baixas e mudanças do comportamento dos consumidores também vêm influenciando a maior contratação de crédito e, consequentemente, o endividamento no país.
Estar endividado não é o mesmo que estar inadimplente. Ao se comprometer com o pagamento de um valor no futuro, o indivíduo contraiu uma dívida e está endividado. Ele estará inadimplente caso não pague o valor até a data do vencimento da obrigação.
Os dados da pesquisa CNC podem ser acessados aqui:
Clique para acessar o Analise-Peic-Agosto-de-2021_especial.pdf