O anúncio de que a prefeitura do município Senador Guiomard irá aumentar 150% o valor do auxílio alimentação aos servidores da educação causou revolta servidores da saúde no município. Tanto que, inconformados, alguns trabalhadores realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira, 23, na sede da Secretaria Municipal de Saúde.
Eles passaram a questionar a gigante diferença paga pelo mesmo auxílio para os dois setores que são considerados vitais para a cidade. Enquanto o da educação sobe de R$ 400 para R$ 1 mil, o auxílio da saúde é de apenas 100 reais, o que significa uma diferença de 900%.
A prefeitura anunciou na última semana o reajuste à classe da educação, que atualmente é de R$ 400 e passará no próximo mês de setembro para R$ 1 mil reais. Um aumento de 150%, com a garantia do reajuste retroativo ao mês de agosto.
“Nós não conseguimos entender isso. Não estamos contra os colegas de educação, eles merecem ganhar o que vão ganhar. Nossa revolta é que nós também merecemos. Estamos há quase dois anos na linha de frente contra essa pandemia, vimos amigos de trabalho se contaminarem e recebemos esse valor absurdamente menor. Será que o trabalho de saúde não é essencial, porque não somos reconhecidos pela prefeitura?”, afirma um servidor, que com medo de represália, pediu para não ser identificado.
Portanto cartazes de protesto, os profissionais da saúde tentaram uma agenda com a secretária de saúde Dayana Reis, mas saíram frustrados. “Isso é um absurdo, uma falta de respeito. A secretária nem sequer nos recebeu para dar uma satisfação. Nos tratam como lixo, sem um mínimo de respeito. Pelo menos uma explicação razoável a gente merecia”, diz uma servidora.
O ac24horas também procurou a secretária Dayana Reis que se limitou a dizer que não irá se manifestar sobre o assunto. Nenhum outro membro da prefeitura se pronunciou sobre a diferença entre o pagamento do auxílio alimentação entre as categorias da saúde e educação.
