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Governo tenta repassar R$ 60 milhões da maternidade para a Ufac

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O governo do Acre está planejando remanejar R$ 60 milhões que seriam utilizados para construção da Maternidade Marieta Cameli, em Rio Branco, e enviar todo esse montante para que a Universidade Federal do Acre (Ufac) possa construir o Hospital Universitário. A informação foi confirmada ao ac24horas nesta segunda-feira, 21, pelo secretário de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Cirleudo Alencar.


O governo garante que a mudança de planos não tem relação alguma com falta de projeto ou problemas em licitações. Entretanto, a reportagem apurou que o projeto da nova maternidade ainda não está concluído e levaria mais tempo até ser finalizado e aprovado. Situação diferente da Ufac, que já está com o projeto do Hospital Universitário finalizado e aprovado.

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Procurado pelo ac24horas, o gestor da Seinfra afirmou que a ideia agora é priorizar uma obra grandiosa, que servirá de referência para a Região Norte, ao invés de investir apenas numa maternidade que teria menor capacidade de atender demandas do estado. “A Reitora procurou o governador e houve esse entendimento. Não foi por falta de projeto. Ela procurou o Gladson e o Gladson acionou a Seinfra, que pensou em cancelar [a ideia da maternidade] e passar a construir um hospital referência com todas as especialidades”.


Segundo Alencar, o plano é que o governo transfira esse dinheiro e a Ufac apoie o estado ajudando a receber demandas da saúde em termos de atendimento e cirurgias. “Com isso vem a agilidade. Houve ainda problema do terreno que iria receber a maternidade e o estado ia ter de gastar mais de R$ 8 milhões só em topografia. A ideia é a gente somar os esforços com a Ufac, que já está com projeto pronto e aprovado”, declarou o secretário.


Apesar dos novos planos, o governo do Acre ainda mantém os trabalhos em torno de uma nova maternidade e tenta, simultaneamente, terminar o projeto, caso a tentativa de alocar o dinheiro para a Ufac não seja concretizada. “Vamos marcar agenda em Brasília para tentar transferir o dinheiro e conseguir mais um aporte. Estamos nessa tentativa, mas a elaboração do nosso projeto continua caso com a Ufac não seja possível”, disse Cirleudo.



Há duas semanas, o governador Gladson chegou a cobrar durante solenidade a licitação para construção da maternidade, prevista para ser construída às margens da Via Chico Mendes, ao lado do estádio Arena Acreana, no Segundo Distrito de Rio Branco. A obra orçada em R$ 90 milhões seria divida em três etapas. A previsão era começar a primeira etapa ainda no primeiro semestre de 2021. Na ocasião, Cameli disse esperar que a licitação saísse ainda este ano. De acordo com o governo, a segunda etapa deveria começar em 2022, a terceira em 2023 e a entrega da unidade em 2024. Cada etapa da construção foi avaliada em R$ 30 milhões. A unidade, com especialidade na saúde da mulher e dos recém-nascidos, teria 100 leitos comuns, dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 60 leitos de UTI neonatal, nove leitos de observação obstétrica, três leitos de observação ginecológica, sete leitos de emergência, 21 consultórios médicos, dois centros cirúrgicos, refeitório, lavanderia industrial e Casa da Mulher.


Porém, a parceria do governo do Estado com a Ufac vem sendo amplamente divulgada nas últimas semanas. Segundo a instituição, o Hospital Universitário terá capacidade para atender 245 mil consultas médicas e realizar 9 mil procedimentos cirúrgicos por ano, gerando cerca 1,8 mil empregos diretos.


O investimento do complexo hospitalar é estimado em R$ 225 milhões. Para a primeira etapa da obra, serão necessários cerca de R$ 175 milhões que estão sendo pleiteados pelo Estado e também pela bancada federal.


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