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Comércio interestadual do Acre cresceu 47,2% no 1º semestre de 2021

Por
Orlando Sabino

No artigo do dia 08/4, detalhamos as relações comerciais interestaduais do Acre no ano passado. Nosso objetivo hoje, e analisar como ficou o comércio interestadual acreano nos primeiros 6 meses de 2021, período ainda marcado pela grave crise sanitária, porém, com alguns indicadores já demonstrando uma recuperação, principalmente nos setores do comercio e dos serviços e, principalmente, no comércio internacional. Usamos como fonte, os dados disponibilizados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), através de seu site: https://www.confaz.fazenda.gov.br/balanca-comercial-interestadual. Observando que o CONFAZ utiliza as notas fiscais de vendas de bens e serviços dos 26 Estados e do Distrito Federal e as notas fiscais de compra dessas Unidades Federativas. Os valores disponibilizados pelo CONFAZ estão a preços correntes. Para efeito de comparação entre os primeiros semestres de 2020 com o de 2021, aplicamos aos valores de 2020 a variação do IPCA de março de 2020 a março de 2021, que foi de 6,17%. Vamos aos números.


Ralações comerciais do Acre cresceram 47,2% no primeiro semestre de 2021


O destaque desse desempenho, como pode ser observado no gráfico acima, foi o crescimento das vendas dos produtos acreanos, que no período cresceram mais de 57% em relação ao igual período de 2020. Comprou-se mais, porém numa proporção menor que as vendas. Devido ao aumento das nossas vendas ter sido maior do que o das nossas compras, fez com que o nosso déficit, que embora ainda seja alto, tenha sido menor.  


Dez estados concentram mais de 90% as relações comerciais do Acre

São Paulo e Rondônia são os maiores parceiros. Juntos representaram mais de 45,7% de todo o nosso comércio em 2021. A proporção é um pouco menor que a do mesmo período de 2020 (47,9%). Como pode ser observado no gráfico abaixo, em 2021, tivemos um crescimento significativo com os demais estados, destaques para o comércio bilateral com Minas Gerais (93%), Rio de Janeiro (80,5%) e Paraná (71,1%).



Acre vendeu 57,08% a mais que em 2020

São Paulo e Amazonas compraram 43,2% de tudo que vendemos para os demais estados. Em 2020 essas vendas para SP e AM foram de 51,3%. A redução indica que o Acre conseguiu diversificar seus parceiros comerciais no primeiro semestre de 2021. Dentre os 10 maiores parceiros comerciais vendemos em proporção maior para todos os estados, sendo destaque o aumento das vendas para o Rio Grande do Sul (229,3%), Rio de Janeiro (153,8%) e Paraná (97,7%).



Acre comprou 44,25% a mais que em 2020

São Paulo e Rondônia são os maiores abastecedores de produtos para o Acre. Cerca de 47,1% de tudo que compramos no primeiro semestre de 2021 foi oriundo desses dois estados. Conforme pode ser visualizado no gráfico abaixo, o crescimento das compras realizadas pelo Acre foi maior nos estados de Santa Catarina (68,6%), Paraná (66,3%) e Minas Gerais (60,8%).



No período, o saldo comercial do Acre com o Amazonas foi positivo

O grande destaque do comércio interestadual do Acre no primeiro semestre do ano foi o saldo positivo que o estado obteve no seu comércio com o vizinho e poderoso estado do Amazonas. Vendemos R$ 302,6 milhões e compramos R$ 292,9, o que gerou um saldo de mais de R$ 9 milhões. Infelizmente o CONFAZ não disponibiliza os dados dos produtos exportados. Acreditamos que a carne e os derivados de bovinos, juntamente com a farinha de mandioca tenham sido os produtos mais exportados. São dados do primeiro semestre, mas importantes, vamos aguardar o comportamento do movimento comercial com o nosso vizinho no decorrer dos próximos meses para analisarmos se essa tendência permanece.


Os dados do comércio interestadual brasileiro no período janeiro a junho de 2021 revelam a concentração produtiva em um pequeno número de Estados, especificamente as Unidades Federativas do Sudeste e Sul. No período, somente 6 Estados registram superávit em suas respectivas balanças de comércio: dois Estados do Sul (SC e PR); dois Estados do Sudeste (SP e ES); um do Centro-Oeste (MS) e um do Norte (AM). O Acre e a maioria dos Estados brasileiros são dependentes de compras de outras Unidades Federativas, revelando um forte grau de concentração de renda inter-regional no País.


Lembramos que a criação de um ambiente competitivo e, ao mesmo tempo cooperativo, vai propiciar que as empresas acreanas alcancem um melhor desempenho. É importante lembrar também, que os investimentos do setor privado são fundamentais e significam oportunidades de emprego e de promoção de desenvolvimento econômico e social.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas.


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