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É muita boca para pouco pirão

ACOSSADO por tomar uma decisão sobre quem será o seu ou a sua companheira de chapa no espaço para o Senado, o governador Gladson Cameli  vem empurrando a decisão com a barriga para 2022, sem ter até o momento encontrado um meio que lhe cause menos desgaste na hora desta escolha. 


No último fim de semana, dos cinco candidatos do seu grupo, o único que não tinha feito até então uma declaração formal de apoio era a deputada federal Jéssica Sales (MDB), que acabou por se manifestar a favor. Todos os demais já tinham feito esta declaração de amor eterno ao Cameli. 


Os candidatos se posicionam cada qual com seus trunfos, para conseguir a indicação. Os aliados do deputado federal Alan Rick (DEM) argumentam a favor da sua escolha o fato de nas duas últimas pesquisas ter sido o melhor colocado, sendo o que ficou mais próximo do líder das pesquisas, o ex-senador Jorge Viana (PT). 


A Márcia Bittar entra no jogo ancorada no apoio do presidente Bolsonaro e de quatro partidos: REPUBLICANOS, PTB, SOLIDARIEDADE, PSL; na experiência do senador Márcio Bittar (MDB); e, podendo ter ainda no rol o PSDB. 


A deputada federal Jéssica Sales (MDB) tem ao seu favor ser a parlamentar mais votada do Juruá, o segundo maior colégio eleitoral do estado. 


A deputada federal Vanda Milani (PROS) vem para o jogo com a promessa de ter o apoio de 13 prefeitos, e com um trabalho forte nos municípios do interior. 


A senadora Mailza Gomes (PP) que, tecnicamente, só não fica na chapa do Gladson se não quiser; é a presidente do PP, domina o diretório e tem o aval da direção nacional. Há um bom tempo vem se articulando nos mais diversos segmentos sociais, e o PP, seu partido, é o que terá mais deputados como candidatos. Um detalhe: todos os cinco candidatos se equivalem no quesito lealdade ao governador Gladson Cameli, que desta maneira fica numa sinuca de bico para escolher com que bola vai jogar. 


Esta é uma conta que se assim permanecer, não fecha, quatro vão sair se lamentando. A questão é que só existe uma vaga do Senado em disputa, e são cinco bocas para um único e pouco pirão. Vai ter gente chorando com fome.


NÃO APOSTARIA NISSO


DE FATO, o senador Petecão (PSD) tem razão em não reclamar da decisão da deputada federal Jéssica Sales (MDB); porque ela nunca falou que o apoiaria, e cujo movimento de adesão deve ser visto como uma via de tentar ser a candidata única apoiada pelo Gladson; mas isso embute uma engenharia complicada, onde existem outros quatro postulantes do grupo do Gladson brigando pelo Senado. Não é algo simples do governador resolver.


MESMO STF


O STF execrado pelo presidente Bolsonaro por tomar decisões que o desagradam; é o mesmo STF que era exaltado pelo Bolsonaro e seu grupo, quando tomava decisões contra o Lula, na base de pimenta no c* dos outros é refresco. Sem Judiciário forte vira ditadura.


CONVERSO COMO CHEFE


O EX-PRESIDENTE Lula foi duro ontem na sua fala sobre a sua relação com os militares: “Com os militares vou conversar só quando for presidente, porque aí serei o chefe deles”. Lula não acredita na volta da ditadura.


ACABOU A GUERRA FRIA


NÃO VOTO NO LULA, mas se ganhar vai ser empossado, não há clima no cenário mundial e regional para a implantação de uma nova ditadura militar no país.


ESTÁ NO JOGO


A VEREADORA Lene Petecão (PSD) mandou postagem ao BLOG, afirmando que será candidata a deputada estadual na chapa do PSD. Fica então feito o devido registro.


A HISTÓRIA ESTÁ REPLETA


A EXPERIÊNCIA me ensinou a ser cético quando se trata de pesquisas distantes da eleição. O Rubem Branquinho largou com 72% e perdeu o governo para o Edmundo Pinto com 3%; o Marcus Alexandre iniciou com 3% e ganhou a eleição para a PMRB; o Gladson Cameli não iniciou como favorito e ganhou a disputa do governo do Marcus Alexandre; que tinha sido um bom prefeito e estava montado na máquina estatal e municipal; e recentemente, o Bocalon começou como quarto colocado e venceu a eleição. Por isso, prefiro ficar com a cautela.


CENÁRIO DIFERENTE


O COMENTÁRIO ACIMA é apenas como título de exemplo, não quer dizer que se repetirá na eleição 2022, com outros personagens candidatos e num cenário diferente.


CANDIDATO MAJORITÁRIO


EM QUALQUER cenário o deputado Jenilson Leite (PSB) será candidato a um cargo majoritário; seja para governador (o foco atual), ou para o Senado, se o Jorge Viana disputar o governo. Na política, só crescem os ousados.


MARCANDO POSIÇÃO


A CANDIDATA ao Senado, Márcia Bittar (sem partido), vem marcando território político, colando a sua imagem na do presidente Bolsonaro. Márcia tem estado na frente de todas as motociatas bolsonaristas nos municípios.


SOLIDÁRIOS NA SOLIDÃO


O GOVERNADOR Gladson afastou os irmãos Rochas do governo, tirando todos seus cargos. Solidários na solidão, o vice-governador Rocha e a deputada federal Mara Rocha (PSDB), se dedicam a aparições nas redes sociais.


A PARTE QUE LHE CABE NO LATIFÚNDIO


EM 2022, a deputada federal Mara Rocha vai disputar a reeleição sem o cenário favorável de apoios de 2018, e num partido sem grande estrutura no estado, como o PL, que foi a parte que lhe coube neste latifúndio político.


MEDIDA ACERTADA


O SECRETÁRIO da Zeladoria, Joabe Lira – um dos raros da gestão municipal que engrenou – agiu certo ao suspender a licitação para a continuidade da implantação da iluminação a Led, cuja primeira fase sofre contestação jurídica. Melhor esperar para ver o que dirá a justiça.


PERDEU OPORTUNIDADE


O GOVERNADOR Gladson Cameli tem até aqui, no estado, sido um democrata no trato com todos os setores. Mas perdeu uma boa oportunidade de projetar esta imagem além das fronteiras, ao não assinar o manifesto dos governadores a favor do STF; que significava também o apoio ao estado de direito.


MAIS REAL QUE A REALIDADE


O SECRETÁRIO municipal de Saúde, Frank Lima, é melhor trabalhando que emitindo opiniões fora de esquadro. A imunização completa se dá com a segunda dose da vacina; e na capital, só em torno de 30% tomaram a segunda dose; como é que defende que tudo volte ao normal? Tem de se lembrar que não é mais sindicalista.


NÃO NECESSARIAMENTE


O DEPUTADO ROBERTO DUARTE (MDB) é advogado, e sabe que, um governo não é uma empresa da iniciativa privada, que pode contratar ao bel prazer. Se o Gladson sair contratando além do teto da LRF, entra em crime de responsabilidade. É errado dizer que não contrata o cadastro de reserva da Polícia Civil porque não quer.


FRASE MARCANTE


“Cada criatura é um rascunho a ser retocado sem cessar”. (Guimarães Rosa).


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