O vice-governador Major Rocha (PSL) publicou nas redes sociais nesta segunda-feira, 16, um texto fazendo críticas pesadas ao ex-comunista e agora “camelista” de carteirinha, Moisés Diniz, defensor número 1 do governador Gladson Cameli (Progressistas).
Mais cedo, Moisés, que é secretário adjunto de Educação, afirmou que Rocha parecia um funcionário do Ministério Público, ao falar das denúncias que o vice-governador protocolou contra o atual governo.
Sem citá-lo diretamente, Rocha destaca que a tentativa de pessoas como Moisés em minimizar os indícios de corrupção no governo Cameli “chega a ser imoral, algo próximo do cinismo”.
Em seguida, o vice-governador diz que entende a situação de Moisés de defender Cameli, já que o governador tirou o ex-comunista do ostracismo político e lhe deu um emprego, após a derrota da antiga Frente Popular do Acre (FPA) em 2018.
“Ainda mais quando a motivação é meramente financeira. Por isso, até entendo que algumas pessoas achem normal a corrupção, afinal estão ganhando para isso; eu não acho. Preferi abrir mão de espaços e vantagens políticas para manter minha consciência e coerência. Quanto a velha e a nova política, penso que pratica a velha política aqueles que, como camaleões, surpreendem a todos com suas mudanças radicais, aqueles que vendem sua ideologia por 30 dinheiros ou para quem pagar mais. Continuo do mesmo jeito, defendendo as mesmas coisas que sempre defendi. Ao contrário de outros que defendiam governos corruptos de esquerda e agora fazem parte da tropa de choque de governos corruptos de pseudo direita. Em qual das duas situações ele mentia? Penso que nas duas”, afirmou.
Por fim, Rocha afirma que em um futuro distante poderá ter a oportunidade de falar para filhos e netos que não se vendeu na sua vida pública, em troca de cargos e favores, em uma clara alfinetada ao cacique.
“No futuro não muito distante, se Deus me proporcionar o privilégio da melhor idade, terei oportunidade de falar para filhos e netos que passei pela vida pública sem me corromper, sem me vender como mercadoria. Sem trocar minha dignidade por cargos e favores. Dizer como mantive a coerência, mesmo que isso custasse caro. Que combatia a corrupção independente se o governo era de situação ou oposição. Que defendi princípios que continuam sólidos na minha consciência. De resto, sinto pena daqueles que tentam desvirtuar o que faço. Sei que na pequenez de suas consciências, ainda que não externem publicamente, sabem que estou certo ao não me calar diante da corrupção, do erro, do ilícito e do imoral”, salientou.
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