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Sindmed-AC pedirá interdição ética do hospital de Xapuri

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Em release distribuído à imprensa na tarde desta quinta-feira, 12, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) afirmou que pedirá ao Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) a interdição ética do Hospital Epaminondas Jácome, localizado no município de Xapuri.


A entidade sindical disse que o hospital ficou sem médico nesta quinta-feira, depois que a única plantonista precisou pedir afastamento por estar afetada emocionalmente com os fatos ocorridos no último fim de semana, quando o hospital sofreu uma invasão.

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Na madrugada do último domingo, 8, o hospital foi invadido por um grupo de pessoas e a única unidade do Samu disponível na cidade foi atacada pelos indivíduos que tinham como objetivo agredir um paciente que era atendido pela equipe de plantão. Na ação, profissionais de saúde também foram agredidos.


De acordo com o Sindmed, o motivo para a proposta de suspensão dos serviços da unidade se deve às condições precárias, como a falta de profissionais suficientes e estrutura predial inadequada, mesmo após diversas reivindicações feitas junto a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre.


O presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici afirma que não é possível manter apenas um médico plantonista em um hospital que atende urgências e emergências. Segundo ele, quando o profissional precisa levar um paciente para Rio Branco, a unidade fica sem servidor.


“Caso existam dois casos graves, com risco de morte, o profissional precisa escolher quem será estabilizado primeiro, enquanto o segundo dependerá da sorte para sobreviver”, alertou o dirigente sindical da categoria dos médicos.


Pulici ainda diz que a estrutura física do hospital de Xapuri, que foi inaugurado em 1967, já não atende às necessidades sanitárias, além de ter a estrutura deteriorada pelo tempo, resultando no afundamento do piso e outros efeitos graves, como falhas na rede elétrica, condicionadores de ar sucateados, problemas no equipamento de Raio-X, setores sem luz ou com interrupções.


O Sindmed também relata outros problemas, como salas sem aclimatação correta e sem exaustores de ar, além da população ser atendida sem a mínima privacidade por falta de salas apropriadas ou de equipamentos, como oxímetros suficientes, falta de doppler fetal e pinar para avaliar as grávidas e verificar se os bebês estão bem e vivos.


O vice-presidente do sindicato, Rodrigo Prado, diz que os médicos de Xapuri deveriam receber medalhas por bravura, porque acabam sofrendo com toda a pressão, com plantões estafantes, atendendo todos os tipos de especialidades em um ambiente de guerra provocado pela pandemia de Covid-19.


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