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Presidente da Fieac diz que Centro Administrativo não deve ser prioridade e critica caronas e atas adotadas pelo governo

Por
Leônidas Badaró

Durante entrevista ao Boa Conversa do ac24horas, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano, foi enfático ao criticar o modelo de contratação atual do governo do estado por meio de caronas e atas de registro de preço em detrimento à licitação tradicional. Ao mencionar a “invasão” de empresas de fora, Adriano afirmou que a competição é salutar e que o grande problema é a forma de contratação. Pode não ser ilegal, mas é imoral, a empresa vem com o outra realidade que não é possível comparar. A melhor forma é a licitação tradicional com o máximo de transparência”, explica.


Durante a entrevista foi abordada a construção do centro administrativo do governo do estado. Orçado em mais de R$ 300 milhões, está seria a grande obra da gestão Gladson Cameli. José Adriano disse que o momento não é de fazer uma obra tão gigantesca e sim de ajudar os pequenos empreendedores.


“O que o governo precisa entender que é preciso gerar postos de trabalho e a gente sabe que essas grandes empresas trazem quase tudo montado e que absorvem pouca mão de obra. Falamos com o governador e ele se comprometeu em respeitar e avaliar melhor essa hora de fazer esse investimento. Vamos avançar em outros setores”.


José Adriano é um dos grandes defensores da construção da estrada que liga o Acre ao Peru por meio da interligação de Cruzeiro do Sul com Pucallpa. Ocorre que o novo governo peruano não enxerga com bons olhos essa parceria. O presidente da Fieac entende que é hora de deixar de lado, pelo menos por enquanto, e focar na buscar de recursos para a reconstrução da BR-364. “O sonho de Pucallpa permanece, mas como alinhamento mudou, agora podemos deixar de lado esse investimento por enquanto e pensar no que já existe que é a BR-364, que é uma estrada viável socialmente. É um descaso não ter um olhar para a BR-364 e pensar em reajustar um fundo partidário. Precisamos de um novo projeto de reconstrução da BR ou passaremos o resto da vida enxugando gelo”, analisa Adriano.


No final da entrevista, perguntado pelos jornalistas Marcos Venicios e Astério Moreira sobre a situação da indústria acreana após a pandemia, José Adriano fez um comparativo com um paciente grave de saúde. “Tiraram a intubação, mas continuamos na UTI”.


Veja a entrevista completa:


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Leônidas Badaró

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