Foi realizado, na manhã desta sexta-feira, 6, a tradicional comemoração cívico-militar realizada no bairro Seis de Agosto, em Rio Branco, em alusão aos 119 anos do início da Revolução Acreana, a revolta popular armada dos habitantes da região que lutaram contra o domínio boliviano e conquistaram que o Acre fizesse parte do Brasil.
O ato contou com a presença de grande parte do primeiro escalão do governo e da prefeitura de Rio Branco. Estiveram no ato, o governador Gladson Cameli, o prefeito da capital, Tião Bocalom, o presidente da Câmara Municipal, vereador N. Lima, a secretária de educação, Socorro Neri, os deputados estaduais Roberto Duarte, o deputado estadual Whendy Lima, a vereadora Lene Petecão e demais autoridades.
Em seu pronunciamento, o governador Gladson comemorou os 119 anos da Revolução Acreana. “Hoje festejamos 119 anos do início da Revolução Acreana. Uma data importante que carrega a nossa luta para sermos brasileiros. Viva a Revolução Acreana”.
Cameli aproveitou a ocasião e se manifestou em meio ao protesto de integrantes do cadastro de reserva da Polícia Civil que cobrava o cumprimento da promessa feita em campanha, porém, Cameli ressaltou que o Estado não tem recursos para efetuar a convocação. “Não posso colocar em risco o equilíbrio fiscal”, declarou.
O senador da República, Sérgio Petecão (PSD) usou o dispositivo de honra e falou da importância da data comemorativa no bairro. Segundo ele, seu mandato está à disposição para melhorias da localidade. Petecão ainda fez questão de agradecer a presença de Cameli na solenidade.
O prefeito da capital, Tião Bocalom, foi mais direto no discurso. Para o gestor, o bairro histórico precisa ser revitalizado, mas para isso, é preciso união da classe política. “A eleição já passou, agora é trabalhar para melhorar a vida da nossa gente”, ressaltou.
História
A história do bairro Seis de Agosto se confunde com o surgimento da própria capital Rio Branco, por ter sido palco de batalha da Revolução Acreana, em 1902. O bairro surgiu a partir de um varadouro que ligava os seringais Catuaba e Volta da Empreza e por onde circulavam comboios de mulas trazendo e levando borracha e aviamento para as colocações. Por esse varadouro, Plácido de Castro atacou os bolivianos no Igarapé da Judia, em 1902.
Depois do episódio marcante da Revolução Acreana, o varadouro passou a receber o nome de Rua 6 de Agosto, em homenagem ao conflito liderado por Plácido de Castro e nunca mais teve seu nome alterado.
Fotos: Diego Gurgel/Secom