O salário mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 5.518,79, em julho, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Esse valor é 5,02 vezes o salário mínimo atual, que é de R$ 1.100.
Esse cálculo é feito de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese. Em junho, os dados indicaram que houve aumento no preço da cesta básica em 15 das 17 capitais estudadas.
A cesta básica mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 656,92), seguida de Florianópolis (R$ 654,43) e São Paulo (R$ 640,51).
O valor do salário mínimo ideal representa um aumento em relação ao mês anterior. Em junho, ele deveria ter sido de R$ $ 5.421,84, ou seja, 4,93 vezes o piso em vigor.
113 horas de trabalho para comprar cesta básica
O tempo médio necessário para comprar os produtos da cesta, em julho, ficou em 113 horas e 19 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em junho, quando foi de 111 horas e 30 minutos.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em julho, 55,68% (média entre as 17 capitais) do salário
mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em junho, o percentual foi de 54,79%.