Guardadas as devidas proporções, alguns políticos equivalem a um vírus mortal em processo de mutação. De acordo com a fragilidade dos anticorpos do eleitorado, essa cepa vai passando por variações de suas convicções, sempre moldando-as aos seus interesses pessoais e familiares.
O genoma dessa variante política é essencialmente monetária.
Observe, todavia, que a metamorfose oportunista sempre ocorre a procura de uma janela do poder onde possam encontrar as condições ideais para sua sobrevivência e proliferação no seu habitat natural.
No Acre, sem a menor necessidade de um cartão com sugestões para estimular as respostas, o povo saberá, de cor e salteado, os nomes daqueles que deram verdadeiros cavalos-de-paus em suas posições, se é que algum dia as tiveram, para se adaptar aos novos tempos e para atenuar a síndrome da abstinência causada pela distância do poder.
São eles especialistas na arte da bajulação e da persuasão.
Agem como birutas de aeroporto, que apontam para onde o vento sopra.
O bajulado “ se acha” diante de tantos elogios e concordâncias.
Dê uma pausa nesta leitura para relacionar alguns que até dia desses eram comunistas, adesistas, parasitas ou simplesmente oportunistas, mas num estalar de dedos se transformaram em patéticos direitistas.
Na mesma balada lembre-se de “autênticos” petistas, que ficaram 20 anos sugando nas tetas do reinado da finada Frente Popular e hoje cospem no prato no qual o próprio e suas famílias comeram até o umbigo fazer bico.
Infelizmente ainda não atingimos o percentual satisfatório da imunização contra esse tipo de vírus.
A maioria da população, movida pela baixa imunidade de crítica, está suscetível ao ataque dessa mortal variação política.
Ciro Nogueira, senador e líder do Centrão, em entrevista a um programa de TV de seu Estado, declarou que Bolsonaro é um fascista que só pensa na morte e Lula o melhor presidente da história do Brasil.
Contexto temporal da declaração: na época Bolsonaro era um mero postulante à presidência e o PT estava no poder. Ou seja: enquanto o osso tem um pouco de carne a turma não larga.
Sentado na cadeira presidencial, o traço fascista de Bolsonaro foi pra lixeira e Ciro alçado à condição ministro da Casa Civil, cuja função será “ negociar” com o Congresso.
Não importa se ele é um louco desvairado. O que conta são as nomeações e as liberações de verbas que estão sob o controle absoluto dele.
Como o povo aceita essas posturas, e é permissivo com essas mutações eleitorais, a política brasileira a cada dia é uma atividade ao mesmo tempo essencial e podre.
Ninguém acredita mais em ninguém. Todos são medidos pela mesma régua da desconfiança.
O espaço para o surgimento dos salvadores da pátria sempre estará disponível.
Não que estejamos atrás de um santo, mas seria bom manter uma boa distância dos demônios.
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