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Secretário de Segurança diz que seria leviano associar redução de mortes a ‘trégua’ de facções no Acre

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Em entrevista ao Boa Conversa, exibido pelo ac24horas, na noite desta terça-feira, 03, o secretário de Segurança e Justiça (Sejusp), Coronel Paulo César, afirmou que as reduções nas mortes violentas no Acre se deu muito ao trabalho feito por todos os integrantes das forças que compõem o sistema de segurança no Acre.


A fala ocorreu após o Coronel ser questionado se as reduções nas mortes haviam ocorrido devido a uma ‘trégua’ das facções no Acre.

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Recentemente, segundo dados do Observatório Criminal do Ministério Público do Acre (MPAC), as Mortes Violentas Intencionais (MVI) ocorridas no 1º semestre de 2021 apresentaram redução expressiva de 17,2%, se comparadas ao total ocorrido no mesmo período de 2020 no Acre. De acordo com os números, em 2020 houve 134 mortes até junho, em 2021 houve a diminuição para 111 mortes.


“Nós desencadeamos uma série de ações no início da gestão com a União e com as Forças Estaduais para o combate ao narcotráfico haja vista que o entorpecente é o insumo da violência nos centros urbanos. Houve uma série de integração entre as forças de segurança, por exemplo, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), que integrou órgãos estaduais e federais. Então, houve um combate efetivo que concomitante com esse aparato de inteligência com a criação do Gefron, onde o Estado elegeu a política de enfrentamentos de crimes transfronteiriços como marco maior de redução da violência. As apreensões estão aí e a sociedade tem percebido isso. Nesse primeiro semestre, apreendemos mais de quatro toneladas e isso impacta no narcotráfico. A redução já vinha ocorrendo desde 2019 que se for comparado até agora alcança mais de 40% em relação com 2018”, afirmou.


Em uma análise dos municípios, os dados do Observatório mostram que Rio Branco teve uma diminuição de 112 mortes intencionais para 78, ou seja, uma diminuição de 30,4%, no período 1º semestre de 2020 com o de 2021. Segundo o gestor, seria leviano associar a redução dos crimes a ‘trégua’ de facções.


“Em junho do ano passado tivemos 12 crimes e antes saímos de um patamar de 30 para 15 a 20 por mês. Esse mês tivemos 10, e é claro que chama atenção, mas não podemos afirmar taxativamente e seria leviano de que isso [redução] seria fruto de uma ‘trégua’ entre organizações, até porque recentemente ocorreu alguns crimes onde a polícia judiciária identificou que foram ações promovidas pelas facções contra inimigos no 2º distrito da capital, nesta segunda quinzena de julho. Houve uma redução sim, mas que já acompanha uma realidade que ficou mais evidente desde fevereiro de 2020”, salientou.


Assista a entrevista completa:

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