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CPI da Pandemia escancara superfaturamento em negociação de vacinas no Acre

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Uma reportagem divulgada nesta terça-feira, 3, pela CNN Brasil mostram que o reverendo Amilton Gomes de Paula, ouvido na CPI da Pandemia, tentou negociar vacinas da AstraZeneca com a Associação dos Municípios do Acre (Amac).


A reportagem revela que no dia 25 de fevereiro, o reverendo enviou e-mail à secretaria-executiva da Associação dos Municípios do Acre (Amac), que representa as 22 cidades do estado. Nele, Amilton dizia que estava encaminhando uma “carta de informações” sobre vacinas da Astrazeneca, cuja venda seria feita “com viés humanitário”. A mensagem foi enviada do endereço presidencia@portalsenah.org e é assinada pelo próprio Amilton Gomes de Paula.

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As conversas seguiram. No mês seguinte, já no dia 26 de março, a Amac enviou então uma carta de intenção, dizendo-se interessada na compra de vacinas da Janssen. A mensagem foi enviada por e-mail para Renato Gabbi, integrante da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), instituição dirigida por Amilton.


Gabbi remeteu o pedido ao representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho. No mesmo dia, Carvalho respondeu dizendo que não teria mais a disponibilidade da vacina da Janssen e que a companhia poderia fornecer doses da Astrazeneca. No fim, o negócio não se concretizou.


Segundo Amilton, as vacinas da AstraZeneca – oferecidas pela Davati – surgiram primeiro com o valor de US$ 3,50 e depois subiram para US$ 17,50.


Em nota enviada à CNN, a Davati, empresa que tinha Cristiano (também ouvido na CPI) como interlocutor e que negocia as vacinas no Brasil, afirmou que Carvalho agiu de forma independente na oferta que fez à Amac.


“Davati Medical Supply informa que Cristiano Carvalho agiu de forma independente fazendo ofertas como a da Associação de Municípios do Acre (AMAC). No dia 30 de março, ao verificar grande quantidade de cartas de interesse recebidas, o CEO da empresa, Herman Cardenas, respondeu ao representante autônomo que não poderia manter oferta a diferentes municípios pois ainda aguardava retorno da proposta apresentada ao Ministério da Saúde”, diz a empresa.


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